Por Meon Em RMVale

PIB da RMVale cresceu 3,6% enquanto Brasil atingiu 1%, aponta Meirelles

Ministro da Fazenda esteve em São José para evento com empresários

Meirelles Lide 2

Evento promovido pelo Lide do Vale do Paraíba ocorreu nesta 5ª feira em São José

Pedro Ivo Prates/Meon

O Produto Interno Bruto (PIB) da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVale) cresceu mais do que o triplo do PIB brasileiro, de acordo com o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Durante evento realizado nesta quinta-feira, 22, em São José dos Campos, o pré-candidato ao Planalto apontou melhorias da economia nacional e citou dados da região. Segundo Meirelles, a RMVale fechou 2017 com PIB de 3,6% enquanto que o enriquecimento nacional teve aumento de 1%.

"Em 2016 o Vale teve uma queda maior do que a economia nacional, mas em 2017 a região mostrou uma recuperação. A produção de veículos, por exemplo, teve crescimento de 12% em 12 meses e a metalurgia melhorou em 10% no último ano. Isso é resultado da agenda de reformas adotada pelo governo, como o teto de gastos, reforma trabalhista e terceirização. Há outros projetos em andamento, como a simplificação tributária e a autonomia do Banco Central", disse.

O próximo presidente vai ter que fazer esta reforma (previdência) porque verá que é impossível governar com este quadro atual"

Henrique Meirelles Ministro da Fazenda

Meirelles Lide 3

No encontro com empresários, o ministro enalteceu os dados positivos obtidos pelo governo Temer e comparou a recessão de 2015 e 2016, quando o Brasil teve queda de 7% no PIB, com a crise americana de 1929. "Saímos da maior recessão da nossa história, que considero mais grave do que ocorreu nos Estados Unidos, em 1929. Tínhamos a inflação mais baixa desde 1998. Crescemos 1% em 2017 e a projeção para este ano é fechar o PIB em 3%. Reduzimos o papel do Estado e fizemos reformas econômicas e estruturais que vão aumentar a produtividade do país. Estamos no início de um novo ciclo de crescimento sustentável e as reformas criarão um ambiente favorável aos negócios. Em janeiro do ano passado tínhamos 91 milhões de pessoas trabalhando e vamos fechar o ano com 93 milhões", afirmou Meirelles.

Previdência

Principal defensor da reforma da Previdência, que sucumbiu após o anúncio da intervenção federal no Rio de Janeiro, Meirelles voltou a falar da necessidade de colocar o tema em debate.

"Do orçamento de 2017 nós vamos destinar 57% para a previdência e daqui 10 anos esse montante chegará em 80% de toda a riqueza nacional. Independentemente de quem ganhar a eleição e do que vão falar durante a campanha, o próximo presidente vai ter que fazer esta reforma porque verá que é impossível governar com este quadro atual", disse o ministro.

Privatização

Ao falar das reformas que deverão acontecer futuramente, Meirelles relembrou a privatização da Telebrás, ocorrida em julho de 1998, para defender que a Eletrobrás tome o mesmo caminho. "Muitos aqui devem se lembrar de quando comprávamos linha telefônica com cinco mil dólares e tínhamos que declarar em imposto de renda. Ter sinal de telefone era algo difícil no Brasil. Hoje vemos que a realidade é completamente diferente. Defendo a privatização da Eletrobrás para que se tenha uma energia mais barata", afirmou.

Campanha

Questionado sobre a pré-candidatura ao Planalto, Meirelles procurou evitar o embate com Michel Temer, que declarou nesta semana que tem intenção de concorrer ao cargo. "Estou analisando a situação. Vou tomar uma decisão no começo de abril, dentro da data limite. Estou coletando dados e quero interpretar o que a população quer. Tenho feito pesquisas qualitativas e conversando com partidos para então definir a candidatura", disse.

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Sobre a possibilidade de mudança de rumos na economia após a eleição, Meirelles foi enfático ao afirmar que a retomada da economia depende de como o futuro presidente vai tratar a questão. 

"Se tivermos alguém que quer voltar atrás com a reforma trabalhista, que engavete de vez a da previdência e não faça a reforma tributária, nós teremos problemas. Se prosseguirmos como estamos hoje, o crescimento sustentável ocorrerá por muitos anos", concluiu.

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