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Presidente de Madagascar foge do país após rebelião militar

Andry Rajoelina deixou o país

Escrito por Meon

13 OUT 2025 - 20H00

REUTERS/Siphiwe Sibeko

O presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, fugiu do país neste domingo (12) após militares rebeldes assumirem o controle das Forças Armadas. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (13) por autoridades locais à agência Reuters. Segundo o líder da oposição, Siteny Randrianasoloniaiko, o presidente deixou a ilha depois que unidades do Exército desertaram e se juntaram aos protestos liderados pela Geração Z, movimento que tomou as ruas desde o fim de setembro.

“Ligamos para a equipe da presidência e eles confirmaram que ele deixou o país”, disse Randrianasoloniaiko, acrescentando que o paradeiro de Rajoelina ainda é desconhecido. Fontes militares informaram que o presidente teria partido em um avião militar francês, e a rádio RFI afirmou que ele firmou um acordo com Emmanuel Macron, presidente da França.

Com a saída de Rajoelina, o presidente do Senado, Jean André Ndremanjary, foi indicado para assumir interinamente o comando do país até a realização de novas eleições. O antecessor dele havia sido destituído nesta segunda-feira (13) após se tornar alvo de críticas e protestos.

A crise política se intensificou no sábado (11), quando militares rebeldes anunciaram em vídeo que tomariam o comando das Forças Armadas e que “todas as ordens do exército malgaxe partiriam do quartel-general do CAPSAT”. Rajoelina, por sua vez, havia denunciado o movimento como “uma tentativa ilegal e violenta de tomada do poder”.

Os protestos da Geração Z, iniciados em 25 de setembro, começaram como manifestações contra cortes de energia e água, mas evoluíram para críticas à corrupção, ao desemprego e à desigualdade social. A ONU contabiliza ao menos 22 mortes desde o início das manifestações.

Madagascar vive uma sequência de crises políticas desde sua independência, em 1960. O próprio Rajoelina chegou ao poder pela primeira vez após uma revolta popular em 2009, que derrubou o então presidente Marc Ravalomanana. Reeleito em 2018 e novamente em 2023, Rajoelina enfrentava forte rejeição e denúncias de fraudes eleitorais.

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