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Futuro governador de São Paulo: foi dada a largada

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Com a definição de pelo menos três nomes, um deles oficialmente em convenção partidária, a corrida em direção ao Palácio dos Bandeirantes, cuja chegada será nos primeiros dias de outubro próximo, já vislumbra uma possibilidade de o eleitor saber com certa antecedência, quem será o seu preferido.

Entre as candidaturas mais prováveis, já se conhecem João Dória, pelo PSDB, Paulo Skaf, MDB e Márcio França, atual vice governador, filiado ao PSB. Resta saber, a partir de agora, quem mais se habilita, sabendo-se de antemão que pelo menos oito partidos, entre os chamados nanicos ou pequenos, também concorrerão.

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Alguns meramente para marcar terreno, pois eles próprios sabem que as chances de se elegerem, contra os grandes são muito pequenas, mas não custa tentar. Vai que a zebra dispara e na hora H aparece um montão de votos e os elegem. Diferente de outras eleições, a queda de popularidade do Partido dos Trabalhadores, depois do afastamento da presidente Dilma Roussef e condenação a 12 anos e um mês de prisão do ex-presidente Lula já em segunda instância, desta feita o partido tenta se reconstruir, mas não apresentou, ainda, um nome que possa ir pro páreo. Fala-se em Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, mas ele próprio parece não querer ir pro sacrifício, portanto é difícil imaginar quem terá condições de herdar um caminhão de votos que na última eleição estava na carroceria do PT.

Como em todas as eleições a incógnita agora é saber como vão ficar as coligações?  Quem vai se unir a quem?  Quem quer se unir ao atual governo ou quer distância dele? Entre o pessoal que aposta na eleição de Geraldo Alckmin para a presidência da República é difícil arriscar um prognóstico, visto que desta vez, PSDB e PSB, históricos aliados, agora estão divorciados e terão candidatos próprios, João Dória e Marcio França, respectivamente.

Há ainda a expectativa em torno das possíveis candidaturas de gente que não navega nas atuais águas turbulentas da política.  Porém, a legislação não permite que qualquer cidadão se candidate se não for filiado a uma sigla partidária. Assim, por mais que se fale em renovação, fica difícil se registrar uma substancial mudança m termos de resultado final de uma eleição. O voto de repulsa à classe política sempre existiu, mas em épocas de operação Lava Jato, cujos efeitos foram devastadores, com cassações, prisões, afastamentos e renúncias, pode ser que muitos sejam barrados ainda na porta do baile e adeus ao sonho do bem bom na política.

Nivaldo Marangoni

Nivaldo Marangoni é jornalista, professor universitário e escreve no Meon às quintas-feiras

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