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Ações ordinárias da Usiminas têm forte alta

As ações ordinárias (com direito a voto) da Usiminas começaram a subir desde o fim de setembro do ano passado, quando veio à tona a briga entre os dois acionistas do bloco de controle - Nippon e Ternium.

Desde setembro, esses papéis registram valorização de 190%, saltando de R$ 7,22 no dia 24 de setembro para R$ 21 na sexta-feira, 13. No mesmo período, as preferenciais (sem direito a voto) recuaram 50,1%, de R$ 7,78 para R$ 3,60. O "descasamento" dos preços das ações ordinárias e preferenciais é comum quando há disputa societária.

Com a ida do BTG ao mercado, nas últimas semanas, para comprar papéis da Usiminas, as ações ordinárias da siderúrgica foram ficando cada vez mais escassas, segundo fontes de mercado. Os acionistas do bloco de controladores têm aproximadamente 76% das ordinárias e a CSN, de Benjamim Steinbruch, 12%. O restante é negociado no mercado.

Além da compra do BTG, a nova ofensiva da CSN também ajudou na valorização dos papéis. Em janeiro, a siderúrgica fez novo pedido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar se houve mudança de controle da Usiminas com a entrada da Ternium em 2012.

Se isso for comprovado, a CSN quer ter direito ao "tag along". Esse mecanismo prevê que, diante da alienação do controle de uma companhia aberta, o comprador terá de fazer, obrigatoriamente, uma oferta pública de aquisição de ações com direito a voto dos demais acionistas, garantindo um preço mínimo de 80% do valor pago por ação do integrante do bloco de controle.

Caso tenha sucesso, a CSN, assim como os demais acionistas, teriam direito a receber 80% do valor de R$ 36 que foi o valor pago por ação da Usiminas por Techint/Ternium à época da compra, o que para a CSN significaria R$ 1,7 bilhão.

De acordo com fontes, as expectativas são baixas de que a CSN consiga reverter a decisão. É que em 2012, ao analisar o caso, a Comissão de Valores Mobiliários concluiu que a operação não resultou em mudança relevante no bloco de controle. A CSN também questiona esse tema na Justiça comum. Até que uma nova decisão seja tomada, a ela segue com suas ações "esterelizadas". Além das ordinárias, a companhia de Steinbruch tem 20% das preferenciais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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