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Bolsas europeias fecham em alta após PMIs positivos

Dados positivos de atividade manufatureira da China e EUA, em contraste com os da zona do euro, possibilitaram o fechamento positivo generalizado das principais bolsas europeias nesta terça-feira, três delas nas máximas da sessão. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,89%, encerrando o dia a 344,89 pontos.

A última rodada de índices de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) começou ontem à noite na Ásia. O PMI industrial oficial da China subiu para 51,0 em junho, de 50,8 em maio, vindo praticamente em linha com a expectativa. Além disso, o PMI manufatureiro chinês medido pelo HSBC foi para 50,7, de 49,4, na mesma comparação, com o resultado acima de 50,0 indicando expansão da atividade pela primeira vez desde dezembro.

Também agradaram os números da indústria dos EUA. O PMI medido pela Markit avançou para 57,3 em junho, de 56,4 no mês anterior, atingindo o maior nível desde maio de 2010. Já o índice de atividade manufatureira pesquisado pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) teve ligeira queda, a 55,3 no mês passado, de 55,4 em maio, mas seu subíndice de novas encomendas saltou para 58,9, de 56,9.

Por outro lado, os PMIs da zona do euro e de alguns países da região decepcionaram. O PMI industrial do bloco caiu para 51,8 em junho, de 52,2 em maio, ficando abaixo da leitura preliminar, de 51,9. Os índices equivalentes da Alemanha, da França e da Itália vieram igualmente mais fracos, mas o setor manufatureiro na Espanha e no Reino Unido mostrou mais vigor.

A Bolsa de Frankfurt foi uma das que fecharam na máxima do dia, com o índice DAX avançando 0,71%, a 9.902,41 pontos. Se destacaram no mercado alemão a Bayer (+2,2%) e a Infineon (+1,5%). Em Madri, o Ibex subiu 0,77%, a 11.007,80 pontos, também o maior nível do pregão. O Caixabank, terceiro maior banco da Espanha, saltou 1,7% após anunciar a substituição de seu executivo-chefe.

O ganho mais pronunciado do dia, porém, foi da Bolsa de Lisboa, cujo índice PSI 20 registrou alta de 1,46%, a 6.901,18 pontos, o maior patamar da sessão. Nas primeiras horas de negócios, o PSI 20 chegou a recuar mais de 1%. O mercado português foi impulsionado pelo Banco Espírito Santo, cujas ações dispararam 13,79% - apagando perdas de cerca de 13% registradas mais cedo - após o regulador de mercado de capitais local ter proibido hoje a venda a descoberto das ações do BES. Seguindo no rastro do BES, o Banif ganhou 3,13%.

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,87%, a 6.802,92 pontos, impulsionado por mineradoras como Fresnillo e Rio Tinto (ambas +3%) e Anglo American (+4%), que reagiram aos indicadores de manufatura da China. Na bolsa francesa, o CAC 40 também subiu 0,87% em Paris, a 4.461,12 pontos, com ajuda da Renault (+4.6%) e dos bancos BNP Paribas (+3,6%), Crédit Agricole (+3,0%) e Société Générale (+2,8%). O BNP foi favorecido pelo fato de a multa recorde de US$ 8,8 bilhões que recebeu por ter violado sanções econômicas impostas pelos EUA ao Irã ter sido menor do se esperava. O setor financeiro também contribuiu para a alta na Bolsa de Milão, de 1,32%, com o índice FTSE Mib encerrando o pregão a 21.563,43 pontos. Destacaram-se na Itália o Banca Monte dei Paschi di Siena (+8,6%) e o UBI Banca (+4,7%). Com informações da Dow Jones Newswires.

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