Veja as dicas da nutricionista Mônica Johanssen Stockler
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Pela minha experiência, eu (e todos os nutricionistas e educadores físicos) vivo batendo na tecla de que o ideal no processo de emagrecimento é substituir a massa gorda pela massa magra (ou seja, músculos). Já falei sobre isso quando expliquei, de acordo com o que aprendi ao longo do meu processo de emagrecimento, a diferença sobre perder peso x emagrecer. E essa construção muscular não se dá somente pela rotina de treinos, mas também – e principalmente, eu diria – pela alimentação e pelo consumo de proteína.
O que acontece é que hoje existe um ruído na informação, talvez pelo excesso de informações que recebemos de todos os lados diariamente: mídia, blogs, redes sociais, nossos amigos, pessoal da academia etc. Daí isso resulta no seguinte cenário: várias pessoas se entupindo de frango, ovo, carne, whey protein e N outros suplementos alimentares para “ganhar massa”, mas sem os resultados esperados e até apresentando algumas reações adversas pelo consumo excessivo de proteína (sim, gente, EM TUDO NA VIDA a diferença entre o remédio e o veneno é a dose).
A nutricionista Mônica Johanssen Stockler traz 5 pontos que esclarecem e muito essa questão pra gente:
As necessidades proteicas são diferentes para indivíduos sedentários e para pessoas que treinam num nível mais avançado.
Isso se deve ao fato de o último afetar o que chamamos de balanço nitrogenado: quando treinamos, a excreção de nitrogênio deixa esse balanço negativo, e apenas a ingestão de carboidratos e proteínas nas quantidades certas faz com que o equilíbrio volte e favoreça a hipertrofia (o aumento de massa magra) ou a recuperação muscular.
A recomendação de proteínas para praticantes de exercícios com pesos já está bem esclarecida.
Especialistas recomendam uma quantidade de 1,5g de proteína por quilo corporal (mas isso varia para cada indivíduo e deve ser calculada conforme essas particularidades por um profissional apto a isso).
Mais proteína não significa mais músculos, necessariamente.
Autores já compararam dietas com 1,5g/kg de proteína e com 2,5g/kg, e concluíram que a síntese proteica não foi significativamente maior ao aumentar a ingestão de proteínas, consequentemente, não houve alteração relevante no peso, massa magra e adiposa dos indivíduos analisados.
Proteína em excesso = desequilíbrio metabólico.
Acredita-se que o alto consumo proteico possa desequilibrar o metabolismo para a produção de energia e, com o reduzido consumo de carboidratos, houve maior produção de toxinas (dá-lhe antioxidantes!) e aumento nas concentrações de cortisol (hormônio do estresse – tem post sobre isso AQUI), comprometendo a síntese proteica (formação de músculos).
O consumo diário de proteínas depende de outros fatores.
A adequação do consumo de proteínas depende da combinação de outros nutrientes, como os carboidratos, pois se a ingestão energética for inadequada, essas proteínas serão desviadas para formar energia para nosso organismo, em vez de trabalharem para a formação do músculo. Da mesma forma, o excesso de carboidratos estimula o aumento dos estoques de gordura, podendo favorecer inclusive o aumento do colesterol.
Trocando em miúdos: o que os estudos mostram é que não compensa pro corpo aumentar demais o consumo de proteínas, podendo, em alguns casos, até prejudicar o processo anabólico. Por isso, o ideal é que você busque acompanhamento de um profissional de Nutrição qualificado e ético pra te orientar sobre as suas necessidades individuais (afinal, cada um é cada um) e te acompanhar nesse processo.
Fonte: Vida Fit
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