Por Meon Em Opinião

Investir para desenvolver

Costumo dizer que são nos momentos de crise que conseguimos traçar o progresso. Isto porque em horas difíceis somos obrigados a avaliar as circunstâncias que nos levaram a tal conjuntura, buscar soluções para os problemas e planejar caminhos para avançar.

Estou certo também de que um dos caminhos para o avanço de nosso país, ante a crise que temos vivido, passa fundamentalmente pela Educação. A história da humanidade nos mostra que o conhecimento é fonte de poder para a transformação de uma sociedade.

Diante dessas duas convicções, posso garantir que é chegada a hora – aliás, passamos da hora – de pensar na Educação como meio para que o Brasil evolua humanamente, socialmente, economicamente e, inclusive, moralmente.

Dados recentes da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) revelam que estamos entre os países que menos gastam com alunos do ensino fundamental e médio, isto é, da Educação Básica. A entidade analisou sistemas educativos de 35 países membros da organização e de dez outras economias, entre elas Brasil, Argentina, China e África do Sul.

Os números se acentuam ao nos mostrar que, enquanto nosso país gasta anualmente menos de R$ 12 mil por aluno das séries iniciais do Ensino Fundamental, investe, por ano, cerca de R$ 36 mil (três vezes mais) por cada aluno universitário.

O baixo investimento na Educação Básica já transparece em dados concretos que avaliam a educação brasileira. Prova disso é que estamos entre os últimos do ranking apresentado pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Somos, hoje, o 63º em Ciências, 59º em Leitura e 66º em Matemática, em um universo de 70 países avaliados.

Todos esses dados apontam para uma única realidade: embora tenhamos progredido na universalização do ensino, ou seja, hoje temos mais estudantes em salas de aula, precisamos avançar consideravelmente para alcançar uma educação de qualidade que traga retorno efetivo à sociedade nos campos social, tecnológico e econômico.

É um grande desafio, principalmente se levarmos em consideração o atual cenário de escassez de recursos. Porém, não é impossível se implementarmos gestões mais eficientes.

Um exemplo palpável do que se pode chamar de gestão eficiente está em Novo Horizonte, no interior de São Paulo. O segredo não está no montante orçamentário, até porque a cidade enfrenta os mesmos problemas gerados pela crise que outros municípios. A diferença do município, que há 20 anos é governada pelo PPS (Partido Popular Socialista) está na forma de gestão, aplicando melhor os recursos e entendendo que com Educação não se gasta, se investe.

Considerada a melhor educação do estado de São Paulo e uma das cinco de todo o país, a cidade vem sendo muito bem avaliada pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e isso é resultado de uma gestão moderna que sabe fazer bem com o pouco, priorizando políticas públicas sérias e consistentes para o setor.

Novo Horizonte é apenas um exemplo dentre vários municípios, mas seu modelo aponta para duas conclusões: é possível fazer e é possível avançar. Para isso, é urgente pensar soluções, planejar e agir. E pra isso, vamos trabalhar!

 

Davi Zaia

Deputado Estadual do PPS

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