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Petróleo e grãos sustentam recuo da inflação no atacado em fevereiro

A queda do preço do petróleo nos mercados internacionais e o recuo nos preços de grãos como soja e milho contribuíram para que o atacado registrasse queda na segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Mesmo ficando mais caros, os alimentos in natura também diminuíram o ritmo de alta e potencializaram o movimento de desaceleração na inflação entre os produtores neste mês.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa o atacado, recuou 0,22% na segunda prévia de fevereiro, anunciou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV). O que mais pesou para o resultado foi a queda de 1,64% nos preços de matérias-primas brutas, intensificando a taxa negativa em 0,69% verificada em igual prévia de janeiro.

Segundo a FGV, só a soja em grão recuou 7,71%. Também ficaram mais baratos suínos (-10,91%) e milho em grão (-2,00%), todos mais negativos do que no mês passado. Ainda assim, o alívio não foi maior porque alguns itens aceleraram, como leite in natura (-3,18% para 1,01%), minério de ferro (-5,82% para -4,05%) e laranja (-8,07% para -2,99%).

A queda nos preços do petróleo também ajudou a formar o resultado do IPA. Entre os itens que refletem essa dinâmica do mercado internacional, o querosene de aviação é um dos que ficam mais evidentes. O recuo nos preços desse item entre produtores chegou a 12,61% na leitura anunciada nesta quinta-feira, 19.

Mas não é apenas o querosene de aviação. Os bens intermediários como um todo ficaram 0,33% mais baratos em média, taxa que resultou principalmente da queda de 0,84% no subgrupo materiais e componentes para a manufatura - neste grupo, o farelo da soja acompanhou a matéria-prima e recuou 6,13% este mês.

Entre os bens finais, a alta de 1,03% na segunda prévia do IGP-M de fevereiro veio menor do que em igual índice de janeiro (1,26%). O resultado foi graças à desaceleração do subgrupo alimentos in natura, que subiram 4,92%, após alta de 10,47% no mês passado.

O IGP-M registrou alta de 0,16% na segunda prévia de fevereiro, resultado que veio no piso das estimativas colhidas pelo AE Projeções. O indicador é calculado a partir de preços captados entre 21 de janeiro e 10 de fevereiro.

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