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Queda após ata do Copom não se sustenta e juros acompanham alta do dólar

Os juros futuros terminaram em alta nesta quinta-feira, 12, de noticiário farto para orientar os negócios. Após uma manhã em baixa, as taxas futuras passaram a subir no período da tarde, quando atingiram os maiores níveis do dia. Ao término da sessão regular, o DI junho de 2015 estava em 12,865%, de 12,844% no ajuste de ontem, com 38.235 contratos, e o DI janeiro de 2016 (171.720 contratos) avançou de 13,69% para 13,78%. O DI janeiro de 2017, que movimentou 296.065 contratos, terminou em 13,78%, de 13,62% ontem. O DI janeiro de 2021 avançou de 13,07% para 13,27%, com 84.370 contratos.

Os juros futuros se ajustaram em baixa na sessão matutina após a ata do Copom ter sinalizado que o ciclo de aperto monetário deve manter-se no compasso de alta de 0,50 ponto porcentual no encontro de abril. Muitos investidores haviam elevado, nos últimos dias, a aposta de aceleração do ritmo de alta da Selic na curva de juros, para 0,75 ponto, e, depois da ata, os contratos sofreram uma correção.

À tarde, o efeito ata se esgotou e os juros passaram a acompanhar a alta do dólar, que, entre outros fatores, reagiu à informação de que o governo não vai dar garantias à operação para o pagamento de dívida de aproximadamente R$ 9 bilhões da Eletrobras com a Petrobras. Fonte da área econômica informou que a captação da Petrobras com lastro nesses créditos está sendo desenhada sem o aval do Tesouro, como apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência EStado. Apesar de a notícia ser positiva do ponto de vista do ajuste fiscal, o mercado olhou pelo lado da estatal, que, sem o Tesouro, terá mais dificuldade para captar recursos.

As taxas passaram a subir, ainda que a informação sobre a operação da Petrobras, em tese, seja favorável à devolução de prêmios, ao preservar o caixa do Tesouro, contribuindo, assim, para o ajuste fiscal. Com isso, a precificação de uma elevação da Selic em 0,75 ponto em abril, que tinha se enfraquecido pela manhã, voltou a ser majoritária. O dólar à vista no balcão fechou em R$ 3,154 (+0,93%), maior patamar desde 14/6/2004 (R$ 3,17).

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