Por Amanda Evelyn Em Blog e Colunas Atualizada em 07 JUL 2022 - 11H25

Vale Ressaltar #4 - B.R. Gabs

Além do teatro, a artista tem livros em processo de escrita e publicação, compõe músicas e escreve poesias




Natural de Jacareí, B.R. Gabs é uma artista multitalentosa. Sempre muito ágil, criativa, crítica e generosa, a artista "caminha" muito bem pelas funções de atriz, técnica de luz, escritora e compositora.

Foi em 2013 que iniciou sua trajetória artística no teatro. Em 2014 trabalhou com o grupo "4 Na Rua É 8" como estagiária, assistente de produção e contrarregra nos espetáculos "Má Pele" e "De Quem É A Rua Então?". Já em 2015, B.R. Gabs cursou o primeiro semestre do Bacharelado Interdisciplinar de Artes da UFBA e em 2016 iniciou sua pesquisa como atriz e iluminadora com grupos do Teatro da Rua Eliza. Em 2018 foi produtora do espetáculo "Desterro.Doc" da Cia do Trailler e em 2019 prestou serviços como técnica em luz na Fundação Cultural Cassiano Ricardo.



Além do teatro, a artista tem livros em processo de escrita e publicação e também compõe músicas e escreve poesias. Recentemente teve uma banda na qual tocava baixo e intercalava os vocais com outro músico.

Atualmente cursa iluminação na SP - Escola de Teatro e estuda fusões de danças folclóricas, como tribal fusion e FCDB style.

Quando a questionei sobre "o que é ser artista na pandemia?", ela disse: "Ser artista na pandemia é ser artista. Você continua sendo e você é em qualquer circunstância. Claro que as maneiras de reproduzir determinadas artes, mudaram. Não temos mais as ruas, os palcos, os espaços, mas eu acho que é muito mais do que isso, entende? A arte vai além disso, ela não deixou de ser na outras pandemias que já tivemos. A arte não para por conta de pandemias. Ela se resignifica." Em relação ao o que esperar para o ano de 2021, B.R. Gabs responde rapidamente: "Vacina. Eu só espero a vacina. Se ela vier as coisas vão melhorar, sabe? Se ela não vier... vai piorar." E completa: "Pra falar a verdade eu não estou otimista. O que eu posso dizer é que isso tem muita relação com as minhas músicas, por exemplo. Eu crio muito quando estou triste. Dificilmente vou escrever música ou poesia de forma otimista ou romântica. Tudo que escrevo é triste, melancólico, pessimista, depressivo... e eu acho que tudo que aconteceu em 2020 está refletindo para 2021. Considerando o país em que a gente mora, os incentivos de arte que não são bem destribuídos e o fato de ser mulher, eu não vejo tanta esperança. Então só posso resumir em: eu espero só a vacina. Vamos nos vacinar e recolher os cacos de 2020."

Para finalizar completa dizendo que o jeito é continuar fazendo arte, mesmo sem o palco ou sem a presença do outro em cena. "Se a gente se vira em tantas situações ruins, em um país com um incentivo tão pequeno para a cultura... nem a rua a gente tem pra apresentar, às vezes. Sempre temos que lidar com muita coisa, então eu acho que a maior habilidade que um artista tem é o fato de resignificar as coisas. Então vamos continuar fazendo. Sempre."

#ValeRessaltar B.R. Gabs e toda sua resiliência, criatividade e resistência para que a arte brasileira continue ganhando força e as mulheres artistas continuem lutando por ela apesar das adversidades.




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