Leonardo da Vinci como Platão. Pietro Perugino como Protógenes. Michelangelo como Heráclito. Estas são apenas algumas das figuras retratadas por Rafael em uma das suas mais famosas pinturas, o afresco Escola de Atenas (1509), que fica numa parede da Stanza della Segnatura, sala no Vaticano. Para a mostra na Fiesp, uma projeção reproduz, em tamanho real, a obra.
Com 5 por 7,7 metros, a pintura sobre a Filosofia é um dos marcos do Renascimento. "Fica numa sala com uma série de afrescos, que representam também teologia, poesia e justiça", explica a curadora de Rafael e a Definição da Beleza, Elisa Byington. "É simbólico do Renascimento, com várias personificações, inclusive do próprio Rafael. É um momento em que a Igreja adere a esse pensamento humanista." Os outros afrescos também são lembrados na exposição com imagens 3D, que não são reproduções exatas. "O Vaticano exigiu que não fosse feita uma reconstrução fiel."
A pintura foi realizada pelo artista de Urbino no mesmo momento em que Michelangelo fazia o teto da Capela Sistina. A exposição traz também uma reprodução digital do desenho original de Rafael, que não incluía o colega. "Nesse cartão falta a figura do Michelangelo, que foi acrescentada depois." Segundo a curadora, há uma discussão se a homenagem foi genuína ou imposição do Vaticano.
Para o professor de História da Arte Rodrigo Petrônio, Escola de Atenas é exemplo do fundo passional e pulsional da produção de Rafael. "A proporcionalidade harmônica da tela convive com elementos mais sombrios, expressivos e difusos."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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