Cultura

Cantoras da RMVale têm música selecionada em Festival Nacional da Canção

Premiação tem Trófeu Lamartine Babo e R$ 250 mil

Escrito por Meon

01 AGO 2025 - 15H59 (Atualizada em 01 AGO 2025 - 16H09)

Divulgação

Duas vozes que nasceram nas montanhas do Vale do Paraíba, carregadas de histórias e afetos, cruzam agora as estradas de Minas para ecoar em um dos palcos mais importantes da música brasileira. As cantoras e compositoras Julie Ramos e Maysa Ohashi tiveram uma canção autoral selecionada para o 55º Festival Nacional da Canção (Fenac) – evento que há mais de meio século celebra e revela talentos da música brasileira.

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Além de concorrerem ao cobiçado Troféu Lamartine Babo, entregue ao primeiro colocado, as artistas disputarão a premiação de R$ 250 mil. As apresentações do festival acontecerão de forma presencial e também on-line, com premiação diferenciada para cada categoria. Toda a programação será transmitida ao vivo pelo canal oficial do Festival no YouTube.

Das milhares de músicas inscritas, apenas 120 foram selecionadas para as etapas classificatórias. A abertura do evento aconteceu em Tiradentes (MG), nos dias 25 e 26 de julho. Julie e Maysa sobem ao palco em Três Pontas (MG), nos dias 15 e 16 de agosto, rumo às semifinais e à grande final, que serão realizadas em Boa Esperança (MG), entre 4 e 6 de setembro.

A canção selecionada nasceu na Coletiva Cantautoras do Vale, que une mulheres compositoras da região em torno da música autoral. “A letra surgiu durante a pandemia, em um momento de indignação por uma história de violência em que a vítima foi responsabilizada pela forma como vivia e se vestia. Eu escrevi um texto-manifesto e compartilhei com a Coletiva. A Julie se conectou profundamente com o conteúdo e musicou, transformando em canção”, conta Maysa.

Para Julie, essa música representa uma mudança em sua trajetória: “Por muito tempo, minhas composições giraram em torno do amor romântico, algo que foi imposto como narrativa central para a vida das mulheres. Essa canção me permitiu falar de um lugar de resistência e libertação. Ela é um convite para que possamos deixar para trás as culpas e cobranças que nos foram impostas pela sociedade”, destaca.

A Coletiva Cantautoras do Vale vem se fortalecendo com apresentações em Sescs e teatros da região, além da realização do 1º Festival de Música Autoral Feminina de Jacareí, promovendo espaço e visibilidade para a produção musical feminina.

Sobre as artistas

Julie Ramos lançou seu primeiro trabalho autoral em 2017, o EP Julie Ramos, e desde então acumula 8 singles e mais de 650 mil plays nas plataformas digitais, com destaque em playlists editoriais como Indie Brasil e Jantar a Dois. Em 2023, foi selecionada para o projeto New Acts da Midas Music, sob produção de Rick Bonadio, e participou do Festival de Inverno de São José dos Campos, dividindo a programação com artistas como Tulipa Ruiz, Maglore e Supercombo. Em 2024, integrou o lineup do evento Tranquilo São Paulo, que contou com nomes como Nando Reis e OutroEu. Atualmente, está em pré-produção do seu primeiro álbum, Cadê o desejo que estava aqui?

Maysa Ohashi é cantora, compositora, instrumentista e produtora cultural. Como solista, teve seu trabalho destacado em apresentações com a Orquestra Instituto AFAM, a Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira (FAB) e a Orquestra Filarmônica do Vale. Está produzindo seu primeiro álbum autoral, com canções premiadas no Festival de Música de São José dos Campos/2023 e no Muau – Festival da Canção 2024, onde recebeu os prêmios de melhor composição e melhor voz. Além de seu show solo Partes de Mim, com direção musical de Binho Pinto e releituras de Sueli Costa, Milton Nascimento e Maysa Matarazzo, integra os shows Saudações Rita Lee Jones, Abre Alas e Reverbera, com a Coletiva Cantautoras do Vale, e o quarteto de fusion Os Andrades, com o espetáculo Rock’N’Jazz.

Sobre o Festival Nacional da Canção

Criado em 1971, o Festival Nacional da Canção consolidou-se como o maior evento do gênero no Brasil, inspirado nos festivais da TV Record que revelaram alguns dos maiores nomes da música nacional. Realizado ininterruptamente por 51 anos, o festival distribui o cobiçado Troféu Lamartine Babo e reúne anualmente milhares de compositores de todos os estados brasileiros, dos quais 120 são selecionados para se apresentar nas cidades-sede.

Durante a pandemia, o festival inovou com edições on-line em 2020 e 2021, mas em 2022 voltou a ocupar as praças de Minas Gerais com público presencial. Em 2023, chegou à cidade histórica de Tiradentes, mantendo-se como palco de destaque para novos talentos e para a celebração da música brasileira.

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Por Meon, em Cultura

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