Por Renata El Em Cultura

Como ser brasileira em qualquer lugar do mundo

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Capa do livro tão famoso

Divulgação/Fontanar

Ao contrário do que muita gente pensa, fashionistas sérias sempre precisam estar rodeadas de obras - sejam elas artísticas, literárias ou cinematográficas - para deixar a mente criativa sempre em movimento. Entretanto, a cada temporada aparece um título engraçadinho para os momentos de descanso e o escolhido da vez é "Como ser uma parisiense em qualquer lugar do mundo" da musa Caroline de Maigret em conjunto com três amigas. Desde a primeira página pensei como seria a versão tupiniquim, e porque não fazê-lá aqui, não é mesmo?

Primeira lição: Sensualidade

A mulher brasileira não se importa com a pose, com o olhar distante ou no estilo próprio, ela quer que o seu corpo chame atenção, e que seu olhar seja sempre incisivo. Ela transborda sensualidade, o que a faz famosa no mundo inteiro. Desde pequenas aprendemos que bolacha sem recheio não tem graça, então porque um vestido lindo se não completarmos com uma pele bronzeada, uma fenda bem colocada ou um decote matador?
Além disso, a brasileira não tem vergonha do seu corpo, não! Goza de toda a liberdade de mostrá-lo quando bem deseja, ela se sentindo sensual é o que importa - lição importantíssima para muitas gringas que acabam se acanhando por causa de belezas impossíveis que a publicidade bombardeia

Segunda lição: O senhor é meu pastor e medalinhas não vão me faltar

O Brasil é um país extremamente religioso e, enquanto uns dizem que mulheres gastam mais em sapatos do que em livros, é porque não tem noção do preço de uma medalinha de ouro. E aqui as mulheres compram aos montes, não importa se é Silva ou Rudge, os acessórios com motivos de Nossa Senhora, cruzes e pombos sempre estão bem alinhados com um decote a vista.
Ps.: não estranhe caso a medalinha esteja combinada com um pingente de Iemanjá, anel de olho grego e fios de contas. Quando a coisa fica feia acabam apelando para todos os santos.

Terceira lição: A combinação favorita dela é sexta feira e cerveja

Apesar dos terríveis índices de violência contra a mulher no Brasil, do extremo machismo da sociedade e de um conservadorismo do século passado (ou seria retrasado?) a mulher brasileira não se importa nenhum pouco em esconder que gosta de uma cervejinha. E bebem até ver o fundo do copo, sim! Afinal, a vida já é dura o bastante para um brasileiro, para uma brasileira então, nem se fale. A vaidade e a conta bancária a impede de começar a tomar remédios tarja preta cedo, o negócio é se anestesiar com o velho álcool. E engana-se aquele que acredita que depois de um porre ela vai parar: para cada copo que lavou durante a semana - já que o filho e o marido não sabem usar esponja e detergente, vide comerciais como da Bombril, por exemplo, que é direcionado totalmente pra mulher - um copo de cerveja tomará na sexta feira.

Quarta lição: Bipolaridade

No trabalho ela é uma leoa, determinada, sempre maquiada apesar dos três ônibus que pega. No happy hour não nega mais uma rodada e é a mais engraçada. Não dificilmente aumenta a voz quando apertam seu calo. Mas é se apaixonar que vira uma idiota. Acredita em qualquer besteira, espera três horas por uma ligação, a determinação vira ciúme extremo e vê em cada palavra de um best seller de auto-ajuda (ou obras do Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector) uma maneira de mandar uma indireta via Facebook. Depois do fim do relacionamento vira a conselheira amorosa oficial da turma, e você pode encontra-lá em qualquer banheiro feminino.

Quinta lição: Em algum momento da vida ela vai gostar de Roberto Carlos (mesmo que em segredo)

Esse é auto explicativo pra quem lê em português.

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Cerveja, cerveja, cerveja, cerveja... cervejaaaaa! (Leia no ritmo)

Divulgação

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