Por Renan Simão Em Cultura

Fotógrafa registra São Luiz do Paraitinga em retratos

Uma viajante à procura de expressões. É assim que a fotógrafa Ana Caroline de Lima destina o seu trabalho, uma busca por pessoas e histórias -e que, em seu portfólio, tem retratada a gente de São Luiz do Paraitinga. 

Detalhes de textura da pele, cores das roupas, sorrisos e marcas do tempo fazem parte de 20 fotografias tiradas entre 2010 e 2012. A motivação da paulistana para sair da capital do Estado e vir ao Vale do Paraíba foi conhecer a cidade que sobreviveu à maior enchente de sua história.

De crianças a senhores e senhoras, Caroline retratou participantes da Festa do Divino, da banda de moçambique e de gente vendo o movimento da rua debruçada na janela.

"Fotografo pessoas e pelo simples interesse em ouvir suas histórias. Todos nós temos histórias para contar, alguns carregam essas histórias no rosto", conta a jornalista especializada em antropologia que, no primeiro contato com as pessoas, levava uma fotografia impressa de outro morador de São Luis e perguntava: "Você sabe quem é?", para descontrair a conversa.

Ana destaca uma história que aconteceu na distribuição do prato típico do afogado, na Festa do Divino. "Eram dezenas de pessoas na fila, mas tinha uma senhora tão expressiva, que me chamou atenção. Quando pedi uma foto, ela perguntou o motivo pelo qual eu queria um retrato justamente dela. 'Sou muito feia, olha quanta gente bonita por aqui!', disse, tímida. A convenci de que não era feia e que, se fosse, eu não a teria escolhido dentre dezenas de outras pessoas que estavam na fila", relembra.

A pose da foto que ilustra essa matéria, segundo Ana, foi feita com muito custo, fazendo os cliques nos segundos em que a senhora baixava as mãos, tirando-as do rosto.

Foram três dias tirando fotos, chegando de manhã e voltando para São Paulo no fim da tarde. "Sempre tive vontade de ficar mais, mas nunca tive oportunidade. Adoraria fotografar na zona rural de lá", diz.

E qual é a lembrança que leva de São Luiz? "A simplicidade e a simpatia do luizense e as cores que alegram a cidade".

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