Por Rodrigo Ribeiro Em Cultura

"O lenço resgata a autoestima durante a quimioterapia", diz psicóloga

20141117_linda_banco de lenços_(Foto: Rodrigo Roveri)

Cada paciente pode escolher o lenço disponibilizado pelo hospital

Divulgação/Rodrigo Roveri

Há mais de dez anos um grupo com cerca de 70 voluntárias atua no hospital Antoninho da Rocha Marmo, em São José dos Campos, auxiliando de várias formas pacientes atendidos pelo hospital, principalmente as mulheres que enfrentam a quimioterapia, doando lenços, perucas e outros acessórios de beleza.

Em setembro do ano passado, o grupo teve o apoio da escritora Vânia Castanheira e foi criado oficialmente o Banco de Lenços do Hospital. Desde então, o hospital nunca mais deixou de receber doações, até mesmo pelo correio. Vânia lançou recentemente o livro O Câncer foi Minha Cura, no qual narra sua experiência de luta contra o câncer de mama.

"Quando a Vânia chegou trouxe uma proposta mais constante para nós, então, temos por exemplo, ações que são feitas em várias datas comemorativas, principalmente referentes à mulher", conta Regina de Campos, do grupo de voluntárias.

"Hoje temos um estoque grande de lenços e doamos inclusive para pacientes do Hospital Pio XII. Nas festas daqui do hospital fazemos o varal de lenços, onde cada paciente pode escolher o que achar mais bonito, são as pacientes que escolhem e podem levar um, dois, três lenços se quiser. Além dos lenços também tem perucas e bijouterias", conta Regina.

"Já tínhamos a divulgação que era feita naturalmente por nós, membros do voluntariado, e pelas próprias pacientes, mas com a ajuda da Vânia aumentou a divulgação. Recebemos inclusive, doação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e de outras cidades", diz Regina.

Segundo a psicóloga assistencial do hospital, Elaine Paraizo Santos, um lenço por ajudar no tratamento da paciente. "Muitas vezes, com quimioterapia, cai o cabelo, o que acaba impactando na auto estima, principalmente quando se vê no espelho. Um lenço resgata a autoestima e estimula a paciente a se cuidar novamente", conta.

"Quando a autoestima está boa, tem força para continuar lutando, a autoestima impacta na adesão do tratamento e está muito ligada ao sucesso do tratamento", completa.

O Hospital Antoninho da Rocha Marmoé uma instituição filantrópica criada há mais de 60 anos que realiza, em média, 690 quimioterapias e hormonioterapias por mês e cerca de 700 consultas clínicas e cirúrgicas mensais a pacientes oncológicos do SUS (Sistema Único de Saúde). A instituição recebe 50 novos pacientes com câncer todos os meses. Atualmente, cerca de 80 mulheres estão fazendo quimioterapia no hospital, a maioria com câncer de mama. 

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