Venda direta e compra por leilões: qual a diferença entre os dois modelos?

De acordo com o balanço divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC), no primeiro semestre de 2021, o mercado imobiliário teve um aumento de 46% . Ainda segundo o mapeamento, a previsão para este ano de 2022 é que continue esse progresso. Apesar do grande crescimento desse setor, muitas pessoas seguem com dúvidas sobre as diferentes formas de adquirir uma propriedade e suas especificidades, como o caso da venda direta e a compra por leilões.

Igor Freire, CRO da proptech Resale, que desenvolve soluções para gestão e venda de ativos que retornam ao mercado provenientes das instituições financeiras, grandes empresas ou Governos, explica mais sobre esta questão. Segundo ele: “O primeiro é o modelo que se dá pelo processo de vendas que não deu certo em leilões de imóveis usados (como casas, apartamentos ou terrenos). Basicamente, assim que a propriedade é devolvida ao banco, como é decretado na lei de garantia de alienação fiduciária, são realizados dois leilões. O primeiro vai ocorrer nos 30 dias após a sua devolução e, caso não receba nenhum lance, o outro ocorre em até 15 dias após o primeiro”.

“Já o leilão acontece quando um leiloeiro anuncia um imóvel e estipula um valor mínimo para a posse dele. Assim, quem está interessado pode fazer um lance e o valor mais alto ganha. Essa forma de aquisição é dividida em dois tipos: o leilão judicial de imóveis, e o leilão extrajudicial, que pode ser feito online, onde é necessário realizar um cadastro no site e seguir acompanhando os lances e arrematações nas salas virtuais”, explica o CRO.

Igor reforça que, desse modo, essas duas vertentes se diferem pelo fato de que a venda direta facilita o processo, para não haver trabalhos prévios de análise. Assim, um atendimento pode auxiliar o comprador na hora da aquisição, verificando ônus em matrículas, regularização do bem e desocupação, pois a maior parte das ofertas são de propriedades ocupadas. “Já em leilões, toda a burocracia de resolver um imóvel ocupado é com o interessado naquele local, ou seja, ele deve tomar medidas como contratar um advogado, chegar a negociações, ou em casos mais extremos, realizar um processo contra aqueles que se recusam sair do imóvel, em casos de imóveis ocupados”, diz.

O CRO da proptech ressalta que a vantagem do mercado imobiliário é a diversidade e que existem diversas formas de investimento e compra a partir das necessidades, interesses e disponibilidade de cada comprador. “Por fim, é importante também que o interessado esteja atento às ofertas, elas precisam transmitir confiança, transparência e objetividade. E uma plataforma que atende a esse padrão é a Resale, que fornece inovação, segurança e agilidade em todo o processo de vendas dos imóveis”, finaliza.