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A complicação que é crescer - O Clube das Babás

A estreia da nova temporada de O Clube das Babás traz reflexões sobre como a indústria cinematográfica atual retrata a juventude

Ines Frison (Arquivo Pessoal)

Escrito por Inês Ramalho Frison

13 OUT 2021 - 16H55

Divulgação

Nesta segunda (11), a segunda temporada da série O Clube das Babás foi lançada em sua plataforma produtora, Netflix. A história acompanha um grupo de jovens adolescentes que fundam uma pequena empresa de cuidadoras de crianças e vivem suas vidas como jovens de 13 e 14 anos. Em meio a romances, perdas e superações, Kristy, Stacie, Claudia, Mary Ann e Dawn nos apresentam uma narrativa pouco explorada nas mídias contemporâneas: a vida de jovens normais.

A série é uma adaptação dos livros de Ann M. Martin, que publicou 328 livros com histórias sobre o Clube das Babás de 1986 a 2000. Os livros narram aventuras das integrantes do clube, assim como das pessoas próximas a elas. Os livros já foram adaptados duas vezes, a primeira em 1990, com uma série de 13 episódios, e em 1995, com o filme, ambos com o mesmo nome: The Baby-Sitters Club.

O tema da nova série já é diferente da maioria, não tem adolescentes detetives, que correm risco de morte ou com poderes mágicos. É uma comédia dramática que traz um novo olhar a crescer. Os desafios enfrentados são bem complicados: adaptar-se a um novo padrasto, apaixonar-se pela primeira vez, perder um ente querido e achar sua própria voz. A adolescência não é fácil e essa série faz questão de mostrar isso.

A escala de atores e atrizes de quase 30 anos para representar adolescentes virou algo comum de se ver nas produções cinematográficas atuais, porém O Clube das Babás tem um elenco que tem idade similar com as idades das personagens. Os episódios narrados pelas diferentes personagens do Clube acrescentam um toque especial a série. Apresentando uma nova forma de realizar a exposição de personagem que toda série deve ter para mostrar ao público como aquela personagem é.

Pessoalmente, acredito que Xochitl Gómez, que interpretava a personagem Dawn, mas teve que sair da série para trabalhar em um outro projeto, fica melhor no papel do que Kyndra Sanchez, atriz que substituiu Gomez. Sinto que a personagem, que é uma pessoa que se preocupa com meio ambiente e causas sociais, caiu no estereótipo desse tipo de personalidade, fazendo o show perder um pouco de sua dinamicidade. A adição de Jessi e Mallory no Clube das Babás foi muito bem vinda, mas um episódio focado em Mallory fez falta, já que conhecemos muito pouco sobre ela.

A série é uma boa pausa para quem assiste muitas séries adolescentes e busca algo mais real, com mais foco no desenvolvimento natural da história do que uma coisa inverossímil e fantasiosa. É uma série infantil, mas isso não significa que qualquer um não possa assistir, na verdade, acredito que devemos assistir mais séries infantis. Shows como Anne with an E, Kipo e os Animonstros e O Clube das Babás merecem ser criticadas do mesmo jeito que outras séries são para que possam sempre melhorar e marcar positivamente as crianças que as assistem.

Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.





Escrito por:
Ines Frison (Arquivo Pessoal)
Inês Ramalho Frison

1º ano do Ensino Médio - Colégio Embraer Juarez Wanderley - São José dos Campos.

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