A vida como um todo desacelerou e se tornou caótica, cheia de imprevistos para muitos. A vida de certa forma se assemelhou com o trecho da música Águas de Março de Tom Jobim. “É pau, é pedra, é o fim do caminho[...]” tal música surgiu da construção da casa de Tom, com um atraso na obra, a mesma não pode ser entregue em fevereiro e se estendeu para o período das chuvas de março, o que causou diversos transtornos.
A música foi escrita em um saco de pão, mas o que poucos sabem é que a música traz o sentido de renovação da vida, “[...]São as águas de março fechando o verão.
É a promessa de vida no teu coração.”
Dado isso, queremos mesmo voltar àquela sociedade do cansaço? Num mundo em que se pensava ser impossível parar, parou-se. Essa pandemia, que foi e está sendo horrorosa, nos trouxe um tempo para reflexão. O que essa pandemia tem a dizer sobre nós mesmos? A humanidade. O vírus não atinge todos os seres deste planeta, a natureza segue o seu curso, a natureza do cosmos continua a florescer, enquanto nós a destruímos. “O que estamos vivendo pode ser a obra de uma mãe amorosa que decidiu fazer o filho calar a boca pelo menos por um instante. Não porque não goste dele, mas por querer lhe ensinar alguma coisa” (Ailton Krenak).
Em seu texto - O amanhã não está à venda - Ailton, que vive em uma aldeia diz “Como posso explicar para alguém que está em isolamento num apartamento numa grande metrópole como é meu isolamento? Desculpem dizer isso, mas hoje já plantei milho e uma árvore.”
Nós temos que parar de viver o amanhã, nem saberemos se estaremos aqui, viva hoje, viva o agora e preserve para o amanhã. Não deixe de sonhar, mas também não deixe de viver, afinal para quê plantar o milho se não espera comê-lo? E para quê plantar a árvore se não espera respirar o ar puro e aproveitar de sua sombra. Não é uma questão de só adiar os planos no calendário, é viver o agora, o futuro é o agora.
Quem espera que o mundo vá voltar ao normal está vivendo no passado, porque uma das coisas que essa pandemia trouxe foi a consciência. A consciência de viver mais a família, de viver mais a noite estrelada, de viver mais os amigos, de viver mais a natureza e de viver menos a falta de ataraxia. Sejamos alegria invasiva e transformadora para mudar um mundo perdido na monotonia.
“Stop! A vida parou ou foi o automóvel?” (Carlos Drummond de Andrade)
https://www.letras.mus.br/tom-jobim/49022/
Imagem: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Flinkezine.com.br%2F2017%2F02%2F15%2Fquanto-tempo-o-tempo-tem%2F&psig=AOvVaw158m_N2Vv1V2maHyhZQxXe&ust=1607176618588000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCJj8t9a9tO0CFQAAAAAdAAAAABAd
Parceria:
Com supervisão de Milena Peres, jornalista da Zan Comunicação, parceira do Grupo Meon.
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