O feminismo negro emerge como resposta à negligência das demandas de pessoas racializadas no feminismo hegemônico, inicialmente forjado por mulheres brancas europeias. O movimento busca desvendar as interseções de racismo, sexismo e classismo que permeiam a vida das mulheres negras, reconhecendo a sobreposição de suas opressões.
Um dos episódios marcantes desse movimento foi protagonizado por Rosa Parks, cuja recusa em ceder seu assento no ônibus desencadeou uma série de protestos, catapultando a necessidade de dar voz às mulheres negras que constantemente são silenciadas.
A interseccionalidade, termo cunhado por Kimberlé Crenshaw em 1989, destaca a complexidade das discriminações enfrentadas por mulheres negras. Angela Davis, ao aprofundar esse conceito em seu livro "Mulheres, Raça e Classes", ressalta que mulheres negras podem sofrer múltiplas formas de opressão.
O feminismo negro reforça a ideia de que uma mulher branca de classe média desfruta de mais privilégios do que uma mulher negra que vive em uma periferia, destacando assim as desigualdades presentes na sociedade.
Em um discurso durante a marcha das mulheres, Ângela Davis proclamou: "Nós representamos as poderosas forças de mudança determinadas a impedir que as mofadas culturas do racismo e do patriarcado heterossexual se ergam novamente´´ ressaltando a luta de igualdade e justiça.
Referências:
- Café História (cafehistoria.com.br)
- Gedes-UNESP (gedes-unesp.org)
Com supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.
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