Insolucionáveis

Ao longo da história da humanidade, diversos crimes tiveram o seu devido julgamento. Apesar disso, sempre há aqueles que dispensam várias dúvidas; aqueles que não chegaram a um veredito final e são esses mesmos que nos chamam mais a atenção.

Provavelmente, em algum momento você já deve ter escutado, visto um vídeo nas redes sociais ou até mesmo ter assistido a um documentário sobre crimes não resolvidos. É evidente que ele abrange diversas faixas etárias e sempre dá aquele "gostinho de quero mais". Na literatura, inclusive, esse tema é abordado com frequência, tendo histórias fascinantes que prendem o leitor desde a primeira página do livro, assim como: Assassinatos da Rua Morgue, de Edgar Allan Poe; Assassinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie; O Homem de Giz, de C. J. Tudor; dentre muitos outros.

Sendo assim, é impensável comentar sobre casos não resolvidos sem ao menos citar alguns deles que nos colocam de cabeça para baixo, mas que não conseguimos chegar a uma conclusão.

INCIDENTE DO PASSO DYATLOV

Em 1959, um grupo de estudantes tinha como objetivo realizar uma expedição ao norte dos Montes Urais, na Rússia. Mas no dia 26 de fevereiro, o acampamento desses jovens foi encontrado vazio, e na floresta próxima ao local ou soterrados abaixo da neve, os policiais encontraram os nove corpos. Entre os mortos, dois apresentavam fraturas cranianas e dois tinham extensas fraturas torácicas, e além disso, um deles estaria sem a língua.

Várias teorias surgiram na época, a mais aceita foi que os jovens teriam tentado escapar de uma avalanche e fugiram até o bosque. Ao voltarem para o acampamento foram mortos pelo frio extremo, entretanto, nenhuma dessas teorias foi assertiva o bastante. De acordo com alguns geólogos, o local não sofreu nenhuma avalanche, os investigadores concluíram que uma força sobre-humana foi usada contra os esquiadores, os corpos também teriam passado por uma elevada pressão, além de altos níveis de radiação; infelizmente o caso foi arquivado e até hoje ainda é um mistério.

Esse caso foi tão debatido que teve direito a ganhar um filme. Em 2013 o diretor Renny Harlin lançou o filme “O Mistério da Passagem da Morte”, baseado nas teorias feitas por investigadores.

MORTE DE ELISA LAM

Em 2013, uma universitária chamada Elisa Lam foi se divertir em Los Angeles. Ela se hospedou em um hotel local do dia 26 até o dia 31 de janeiro. No seu último dia de viagem, os pais de Elisa não receberam uma ligação dela, o que era estranho devido a promessa feita pela jovem de ligar para eles todos os dias. Nesse mesmo dia seus familiares entraram em contato com a Polícia de Los Angeles por conta do sumiço dela.

Após investigações, constataram nas câmeras de segurança uma gravação de Elisa no elevador, ela não parecia estar em seu estado normal, apertava diversos botões, gesticulava de forma aleatória suas mãos e ficava olhando para fora do elevador como se estivesse sendo perseguida por alguém, mas ela estava sozinha. O caso só teve andamento depois que os funcionários do hotel repararam que a água estava com coloração e gosto diferente do comum.

Assim que abriram a caixa d’água para encontrar o problema, acharam o corpo sem vida de Elisa Lam, que ainda por cima estava nu. Logo, levaram o mesmo para a autópsia, onde os médicos afirmaram que a jovem havia tomado diversos remédios, por conta de seu transtorno bipolar. Em seu laudo apontaram que ela teria morrido em um afogamento acidental.

Apesar disso, ainda restavam dúvidas sem respostas. Como uma moça realizaria todo o percurso sozinha até a caixa d’água? De acordo com o hotel, não era fácil chegar até ao terraço, ainda mais abrir uma tampa com mais de 10 quilos da caixa d’água e fechar a mesma por dentro. Elisa Lam obviamente não conseguiria fazer tudo isso em seu estado físico e mental.

Esse é mais um dos casos que tomou uma enorme repercussão, e em janeiro de 2021 a plataforma de streaming Netflix anunciou um documentário completamente focado no caso de Elisa Lam.

Com supervisão de Giovana Colela, jornalista do Grupo Meon.