Calças skinny, sobretudos, “blusinhas”, moletom, sarja, casacos e coletes. A moda é mesmo um universo de objetos atraentes e de beleza que agrada todos os olhares, mas será ela um dos motivos do qual o planeta se apresenta como poluído ou “superaquecido”?
Atualmente, segundo um estudo elaborado pela Mark Sistemas de Pesquisa, o gasto com vestuário representa 5,5% no total de despesas das famílias, fazendo das roupas um dos principais fatores do consumismo, que se faz cada vez mais forte no mundo, justificado como prazer, luxo e até mesmo felicidade.
Com o aumento da produção de vestimentas para satisfazer os consumidores, consequentemente o descarte de peças também aumenta, sendo ele correto ou não. Dentro de um mundo globalizado, a variedade de roupas e culturas nelas expressadas são exportadas para todos os cantos, na finalidade de trazer opções para o consumidor e chegar ao seu estilo ideal e gosto específico.
Como mostrado no documentário “The True Cost” dirigido por Andrew Morgan, entre todo o glamour e tentação da moda temos o lado obscuro que o consumidor tende a não enxergar ou apenas ignorar: os impactos dela no meio ambiente, presentes desde a confecção das roupas até o descarte final. Ao iniciar o processo de produção da vestimenta, são utilizados nas plantações de matéria prima (principalmente a do algodão) fertilizantes altamente tóxicos, capazes de poluir rios e lagos através dos lençóis freáticos localizados no solo onde são aplicados a enorme quantidade de veneno, com o intuito de fazer as mudas crescerem em curto período de tempo.
A peça ao chegar nas mãos do consumidor, fica por decisão dele o que fazer com tal produto, sendo previsto o seu descarte quando a peça sai de moda ou perde valor. Muitos dos que compram acabam jogando suas peças no lixo sem a devida separação, onde são levadas para lixões e aterros, muitas vezes ilegais, contribuindo para a poluição do ar atmosférico através da decomposição do material ao ar livre. Auxiliando o aquecimento global e interferindo em diversos fatores da natureza.
O “país das maravilhas” pode sim acabar com a nossa biosfera, dentre os mais diversos processos citados, temos a aceleração desse ciclo entre os produtos, que consiste no processo de produção em curto prazo de tempo para produzir mais peças, priorizando o lucro final com técnicas tendenciosas a destruir o meio ambiente, superlotando os canais de descarte.
Assim, temos por conscientizar-nos sobre a compra de produtos necessários e o descarte correto feito com discernimento, tendo como opções, a doação, onde a roupa será reutilizada por alguém que necessita, e o descarte nos programas de coleta, organizados por grandes empresas visando a sustentabilidade, onde o consumidor deposita suas roupas em caixas de recolhimento. Em virtude de melhorar o sistema têxtil temos a moda sustentável, onde propõe a exclusão de fertilizantes na produção de matéria prima, poupando vidas de pessoas e animais durante o seu processo. Com atitudes corretas faremos uma mudança que começa desde um casaco doado até um planeta habitável.
Com supervisão de Giovana Colela, jornalista do Grupo Meon.
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