Alunos

O preconceito com tratamentos psicológicos

O julgamento da sociedade com tratamentos de pessoas que sofrem de doenças mentais e como isso afeta na melhora de sua saúde mental

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Escrito por Maria Eduarda Palma

21 JUN 2022 - 15H31

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Hoje em dia, devido ao maior investimento em estudos na área de psiquiatria e psicologia, as doenças mentais são um tópico muito mais comentado em nossas vidas e aos poucos estão deixando de ser um tabu principalmente nas gerações mais novas. Porém, mais antigas ainda possuem uma visão muito errada dos diagnósticos e de seus tratamentos. Alguns pensam que o acompanhamento no psicólogo e que o uso de remédios para doenças mentais é algo de louco o que é totalmente errôneo e preconceituoso.

O Ministério da Saúde reconhece que praticamente 20% dos brasileiros têm, teve ou terá algum distúrbio emocional, como ansiedade, depressão ou síndrome do pânico. Um estudo feito na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões com 5 pacientes teve duração de cerca de 6 meses mostra que a psicoterapia trouxe diversos benefícios aos pacientes mesmo em um curto período de tempo.

Os benefícios foram: a possibilidade de se conhecer e se compreender melhor, aprender de certas habilidades, mudança na forma de perceber a realidade e bem-estar. Estudos como esse podem facilmente ser encontrados com uma pequena pesquisa na internet e provam que a terapia não deve ser considerada algo apenas para casos extremos, mas também para ajudar em estresses diários ou em problemas da vida pessoal que se tornam mais complicados a cada vez que se tenta resolver.

Apesar de ter falado somente sobre casos que parecem simples até agora, também deve ser mencionado doenças como depressão que podem levar a finais extremos como suicídio, o que pode ser evitado com o devido tratamento psicológico e psiquiátrico, com o auxílio de remédios que são muito mal vistos ainda na sociedade atual.

É importante também lembrar dos transtornos como borderline, bipolaridade e esquizofrenia que por mais que sejam doenças que não possuem cura o tratamento traz melhoras relevantes e faz com que os sintomas sejam bem mais fáceis de lidar.

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A sociedade precisa normalizar e parar de tratar o acompanhamento psicológico como um tabu, procurar ajuda não é um sinal de fraqueza e muito menos um sinal de loucura. Com a problematização desse tema diversas pessoas deixam de procurar o tratamento e acabam por sofrer com os sintomas pelo resto de sua vida e muitas vezes optam por liberar os sentimentos ruins em vícios como alcoolismo ou até mesmo o uso de drogas ilegais.

Inclusive a psicóloga Alessandra Augusto falou para uma matéria do jornal “Edição do Brasil” dizendo que o aumento de vícios pode estar associado a uma piora de quadros de depressão, ansiedade e insônia. A normalização do acompanhamento e tratamento psicológico visa fazer com que as pessoas tenham uma melhora na sua saúde mental e não precisem optar pela forma mais difícil de lidar com as doenças mentais, é de se esperar que algum dia todos possam se sentir confortável para procurar ajuda e que se preocupem com a saúde mental tanto quanto com a saúde física.

“Não é sinal de saúde estar bem-adaptado a uma sociedade doente.” – Jiddu Krishnamurti 


Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem. 





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Maria Eduarda Palma

3º ano do Ensino Médio - Instituto Ideia - São José dos Campos

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