Alunos

Poema: Gotas da Modernidade

Poema escrito por Jorge Emanuel Silva Santos e Felipe Almeida Santos

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Escrito por Jorge Emanuel Silva Santos e Felipe Almeida Santos

01 DEZ 2021 - 09H58 (Atualizada em 01 DEZ 2021 - 10H13)

Reprodução: Internet

A sociedade anda tão solitária

Com as pessoas Difusas,

Cada lugar é um lugar,

Cada rua é uma rua,

Cada região é uma região,

Porém de mesma cultura.

As salas andam cheias

E as interações interpessoais são nulas,

As ruas são movimentadas e confusas,

Confusas como o mundo

Urbanizado e suas loucuras,

Loucuras irreais, quase sempre virtuais,

Providas de qualquer um com acesso a redes sociais.


As cidades estão cheias

Cheias de insensatez,

Cada faz o que faz

Cada um tem o que tem

Mas ninguém ajuda um Zé ninguém.

Ajudam o famoso e o desprovido de necessidades,

Quando ajudam o pobre,

É para fazer marketing e ganhar notoriedade.

Notoriedade que norteia as intenções.

Neste mundo tomado por contradições.

No qual tornaram-se regra as exclusões.

Daqueles que não se encaixam nos padrões.

Que massificam e descaracterizam o sujeito

O qual se encontra sem vontades próprias

Para satisfazer aqueles que o possuem em mãos.


Multidões tomaram todos os espaços

Mas são multidões tão peculiares

Compostas de indivíduos presos em seus mundos.

São multidões surdas pelo ruído interno

Cegas pelo mundo ideal a elas entregue e por elas acreditado

Atrofiadas pelo conformismo

Solitárias pelo individualismo

E o andar do mundo é por elas ditado

E isso reflete o atual estado

Da precarização do ser humano

Que aos olhos delas se resume ao que possui

E que é descartado quando para elas já não contribui.


Os tempos líquidos estão aí

Jorram das paredes e logo pelos ralos se esvai

Marcado pela intermitência das circunstâncias

Tomado pelas constantes novidades

Atordoando todos com sua efemeridade

Acompanhado das inovações tecnológicas

Vem o atestado de uma sociedade doente

Incapaz de entender o que o outro sente.

Implacável na sua frieza

E que com certeza é nociva

O desenrolar de futuro nos dirá

Se ao cabo dos tempos sobreviveremos

A todo esse caos que fizemos.


Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.




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Jorge Emanuel Silva Santos e Felipe Almeida Santos

2º ano do Ensino Médio - Colégio Embraer Juarez Wanderley - São José dos Campos.

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