A verticalização é um processo, no qual uma paisagem urbana passa a edificar em direção vertical (para cima), como exemplo prédios residenciais e comerciais. No Brasil tal mudança tem origem nos anos 90, e a partir deste momento as cidades de regiões metropolitanas, passam a aderir as construções, como São José dos Campos. O crescimento vertical acelerado. E pode ter como consequências adensamento populacional, sombreamento de áreas e edificações vizinhas, canaliza o vento o que leva à alteração do microclima, aumenta o gasto de energia e impermeabilização do solo.
Um Grupo de estudantes da escola Maria Dolores Veríssimo Madureira, realizou uma pesquisa de campo, a qual teve seu desenvolvimento no componente curricular intitulado de Laboratório de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. O intuito da atividade foi o identificar e documentar problemas sociais encontrados ao redor da instituição, localizada no Jardim Anhembi, São José dos Campos - SP.
Como resultado foi determinado como problemática a crescente verticalização local, que gera impactos ambientais, econômicos e sociais.
Durante o trabalho de campo foram avistados 24 edifícios, com aproximadamente seis pavimentos. A área analisada, consta na Lei de Zoneamento Municipal como sendo Zona Média 3 (três), que tem como principal objetivo absorver o uso residencial multifamiliar, assim como os comércios e serviços com baixo nível de impacto urbanístico e ambiental e o uso industrial de baixo potencial de incomodidade, contudo tendo em vista a grande quantidade de comércios que tendem à se expandir, o espaço acaba cedendo parte de sua função original para atividades de mercado.
Além disso, constataram-se seis imóveis à venda, logo a presença dessas construções gera a gentrificação – processo em que o residente migra por conta do aumento dos preços comerciais locais. Esse fator também se agrava por conta do grande número de indústrias e lotes de função comercial no bairro.
A verticalização do bairro, de acordo com as pesquisas do grupo, tende a se expandir, e futuramente além de sobrecarregar as ruas e avenidas do local, pode culminar no fenômeno climático das Ilhas de Calor, explicado pela Secretaria da Educação do Paraná como “nas cidades grande concentração de asfalto (ruas, avenidas) e concreto (prédios, casas e outras construções), concentra mais calor, fazendo com que a temperatura fique acima da média dos municípios da região. A umidade relativa do ar também fica baixa nestas áreas.” Ou seja, a concentração destes edifícios tem impactos no ambiente em que estão inseridos.
Com supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.
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