No último dia 10/09, o Ministério da Saúde divulgou um relatório oficial desaconselhando a vacinação de adolescentes no Brasil. Após três dias, revogou sua decisão, autorizando a liberação de doses para esse grupo, mas apenas da Pfizer – única fabricante certificada para menores de 17 anos pela ANVISA. A campanha nacional estava prevista para iniciar na quarta-feira, 15 de setembro.
Porém, numa coletiva que chocou a comunidade médica, o ministro Marcelo Queiroga suspendeu a vacinação para menores de idade sem comorbidades. Isto no dia 16. Neste mesmo discurso o ministro pediu que adolescentes não busquem pela segunda dose.
A decisão pode ser acessada, por escrito, no site do governo federal. Consta com a assinatura da Câmara Técnica Assessora de Imunização da Covid-19, porém este mesmo órgão disse não saber da existência do relatório até sua publicação. Seus médicos declaram rechaçar a mudança – e ameaçam abandonar o ministério.
O primeiro de seis argumentos que justificariam a decisão diz que a OMS não recomenda vacinação de criança ou adolescente. O que é falso. Os outros 5, por serem menos objetivos, requerem uma análise mais profunda.
Um deles, por exemplo, diz que a situação não é mais de alerta, logo a vacinação de adolescentes não compensaria o risco de efeitos colaterais: 16 casos de miocardite a cada um milhão de pessoas que receberam as duas doses. Nenhuma morte associada à vacina.
Caso amplamente utilizado para defender o embargo, a morte de uma adolescente de 16 anos em São Bernardo do Campo, foi analisada por 70 especialistas. A conclusão: a estudante veio a óbito em decorrência da PTT, uma doença degenerativa rara, e não por causa da vacina.
20 capitais ignoraram o alerta, mantendo a campanha de imunização. A comunidade médica também é, em sua maioria, contrária à decisão.
Como diz o diretor da Sociedade Paulista de Infectologia, “É uma barbaridade, não tem nenhuma base (científica) para isso”.
O Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) responderam ao discurso. “Ao implementar unilateralmente decisões sem respaldo técnico e científico, coloca-se em risco a principal ação de controle da pandemia. Apesar de a vacinação ter levado a uma significativa redução de casos e óbitos, o Brasil ainda apresenta situação epidemiológica distante do que pode ser considerado como confortável, em razão do surgimento de novas variantes”.
Crianças e adolescentes nessa faixa etária correspondem a cerca de 54 milhões de pessoas (25,6% dos brasileiros). Sua não-vacinação seria capaz de sabotar o projeto de imunidade coletiva. Ainda se aguarda a decisão do Ministério da saúde para a reativação da campanha de vacinação em jovens. A vacina aprovada para a faixa etária É SEGURA e os jovens fazem parte do novo grupo de risco e precisam ser vacinados.
O Projeto Verus faz a verificação científica e metodológica das informações sobre a pandemia. Esta é uma ação do Instituto Alpha Lumen.
Siga-nos no Instagram - @projetoverus
O impacto dos embates mundiais no cenário econômico
Conflitos geram consequências duradouras nos preços dos bens essenciais
Animais silvestres aparecendo em condomínios
Saiba o que fazer quando encontrar algum
Apagões não param a adoração
Chuvas causam queda de energia durante culto na Igreja Vida Plena
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.