Metrópole

Especial: Motoclubes reúnem paixão por motos e boas amizades

Honra e respeito entre os pilares desta tribo

Escrito por Meon

04 MAR 2024 - 19H00 (Atualizada em 11 JUN 2024 - 08H46)

Arquivo pessoal

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Matéria sobre motoclubes destaca como vivem essas tribos e suas particularidades  no Metrópole Magazine deste mês

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Eles andam em bandos, são autênticos, divertidos e gostam de se vestir de maneira peculiar. Nas motos colocam seus estilos que podem ser excêntricos e geralmente chamam atenção pela autenticidade. Os motoclubes são uma alternativa para quem é aficionado por motocicletas, mas também um local para se fazer amigos, curtir a natureza e ajudar ao próximo, segundo seus próprios frequentadores.

No Brasil o número de clubes de motocicletas ultrapassa 4 mil. Entre os mais famosos estão o Abutre’s, Bodes do Asfalto, Moto Clube do Brasil, Insanos e Águias do Asfalto. Fora do país, quem tem o título de maior e mais famoso motoclube do mundo são os Hell’s Angels, fundado em 1948. Na região do Vale do Paraíba não há estatística sobre o número de motoclubes oficiais, mas alguns deles como os Gideões, Libertus, Véios da Estrada, Canibais e Ruah são famosos e destacam-se pelo número de membros e pelas ações sociais às quais de dedicam.

Ritual de iniciação

Cada motoclube tem uma maneira particular de aceitar novos integrantes. A maior parte deles realiza uma espécie de teste em etapas que vão sendo vencidas por merecimento até que o novo membro esteja “pronto” para vestir a camisa, ou melhor, o colete do clube que leva o brasão e levantar a flamula. Segundo João Henrique P. Galvão, 52, ex- integrante do Ruah e fundador do Ministério Motociclístico Arcanjo São Miguel, na maioria dos casos as admissões acontecem por apadrinhamento de pessoas convidadas por membros que já possuam certo grau de familiaridade com o grupo. Além disso, é necessário possuir uma motocicleta e, naturalmente, ter a habilitação adequada para conduzi-la.

O período de iniciação de um novo integrante de um motoclube pode levar, em média, de nove meses a um ano. Existe uma espécie de código de ética entre os motociclistas, chamado de Código Biker que precisa ser cumprido à risca pelo aspirante para que ele possa fazer parte da irmandade. De acordo com João Henrique, o código Biker está centrado sobre três pilares: honra, respeito, irmandade e igualdade. “Se você encontra um motociclista quebrado na estrada, por exemplo, você tem que parar para ajudar, não importa o brasão que ele carrega”, explica João.

Motoqueiro ou Motociclista

O primeiro requisito para ser um motociclista, pertencendo ou não a um motoclube, é a segurança no trânsito. Respeitar as leis e principalmente os demais pilotos, pedestres e motoristas é parte do código de honra desta tribo. Há uma grande diferença entre ser um motoqueiro e um motociclista. “Quando se vê aquelas pessoas empinando as motos, correndo e desrespeitando o código de trânsito, pode acreditar que são motoqueiros e não motociclistas”, explica João Henrique. A conotação pejorativa de ‘motoqueiro” é usada para diferenciar aqueles que usam o veículo de duas rodas de forma perigosa e irresponsável daqueles que pilotam pelo alegria e o prazer de desfrutar desse veículo que, de acordo com os próprios usuários, é sinônimo de liberdade.

Uma Causa

Nem só de vento e estrada vivem os integrantes dos motoclubes. Campanhas de arrecadação de fundos para instituições de caridade, reuniões voltadas para causas nobres e apoio a comunidades carentes são parte integrante da abordagem de responsabilidade social que a maior parte dos motoclubes defende. O Abutres, por exemplo, recebeu o prestigioso título de ‘Honra ao Mérito de Responsabilidade Social’, concedido pelo presidente da Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz na ONU, Walter Mello de Vargas.

Aqui na região do Vale do Paraíba, o motoclube Ruah, se reúne periodicamente, desde o período da pandemia, para arrecadar alimentos que são destinados a pessoas carentes. Depois de fazer parte do Ruah - motoclube do qual foi um dos fundadores - por seis anos, João Henrique explica que fundou um novo brasão: o Ministério Motociclístico Arcanjo São Miguel cuja finalidade, além da evangelização, é defender causas sociais. “Junto com os Motociclistas pela Vida, fazemos parte da Frente Nacional de Combate ao cerol que tem o objetivo a luta pela aprovação, no Congresso Nacional, de uma Lei que coíba tal prática”, completa.

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Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
João Henrique e esposa

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