Em entrevista no fim da manhã desta quarta-feira, 5, o candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, disse que não tem ligação com os dois policiais militares presos por suposto envolvimento numa quadrilha dentro da PM do Rio de Janeiro. Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que, na semana passada, a Operação Quarto Elemento, desencadeada pelo Ministério Público Estadual para investigar práticas de extorsões por parte de agentes policiais, deteve os irmãos PMs Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, que participaram de agendas das campanhas do presidenciável e do filho Flávio Bolsonaro, candidato a uma vaga no Senado.
Na conversa com os jornalistas, Bolsonaro disse que "99%" dos policiais militares do Estado apoiam sua candidatura e a de seu filho e que a participação de agentes nas campanhas é "voluntária". "Olha, não trabalhavam para mim ou pra ele, não", afirmou. "Já votaram nele ou já trabalharam voluntariamente pra ele, como tem alguém da imprensa aqui que já votou em mim também", completou. "Então, não podemos nos responsabilizar por atos de terceiros", disse. "Errou, vai pagar a conta. Agora, esses policiais com toda a certeza já votaram em mim também."
Bolsonaro participou na manhã desta quarta-feira de uma carreta entre as cidades de Ceilândia e Taguatinga no Distrito Federal. O evento foi promovido pelo candidato ao governo de Brasília pelo PRP, Paulo Chagas.
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