Black Friday: Veja dicas e cuidados para não cair em golpes

Com a proximidade da Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (28), consumidores precisam redobrar a atenção para evitar cair em golpes cada vez mais sofisticados. A data, marcada por uma enxurrada de ofertas e intensa circulação de anúncios digitais, também impulsiona a ação de criminosos que criam sites e perfis falsos para enganar compradores.

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Especialistas consultados apontam que as fraudes estão mais elaboradas — muitas replicam endereços eletrônicos, identidade visual, redes sociais e até dados bancários semelhantes aos de grandes varejistas, o que dificulta a identificação imediata do golpe.

Como identificar lojas falsas

Alex Tabor, CEO da Tuna Pagamentos, explica que golpes comuns envolvem a criação de sites quase idênticos aos originais, com pequenas alterações no endereço eletrônico. Ele orienta que o consumidor sempre digite manualmente o endereço da loja, verifique se há cadeado de segurança (HTTPS) e confirme o CNPJ no site da Receita Federal.

Outra prática recorrente é o anúncio de preços extremamente baixos. Para evitar cair em promoções irreais, o ideal é monitorar valores com antecedência e usar comparadores como Zoom e Buscapé para verificar o histórico do produto.

Phishing e captura de dados

Além de ofertas enganosas, acessar sites falsos pode expor o consumidor a ataques de phishing, técnica que captura dados bancários e senhas. Para evitar riscos, é fundamental não clicar em links suspeitos enviados por WhatsApp, SMS ou redes sociais, manter antivírus atualizado e ativar a verificação em dois fatores em aplicativos financeiros.

Golpes envolvendo boletos e chaves Pix também são comuns. Antes de pagar, o comprador deve confirmar se o nome e o CNPJ do destinatário correspondem à loja legítima. No caso de boletos, os primeiros números precisam ser compatíveis com o banco emissor.

Perfis suspeitos nas redes sociais

Os criminosos também utilizam perfis falsos que simulam influenciadores, celebridades ou grandes varejistas para dar aparência de credibilidade às ofertas. Para não ser enganado, é preciso analisar o histórico do perfil, checar comentários reais e evitar grupos fechados de promoções.

Gilberto Reis, COO da Runtalent, alerta que perfis recém-criados, com poucas avaliações ou interações, podem indicar fraude.

“HTTPS não garante segurança por si só”

Especialistas ouvidos lembram que a presença do “https” no site não é garantia absoluta de confiabilidade. “A maioria dos sites fraudulentos também possui https”, afirma Alessandro Fontes, cofundador da plataforma Site Confiável.

Quais golpes mais ocorrem durante a Black Friday?

- URLs falsas que imitam lojas oficiais

- Ausência de cadeado de segurança, conexão duvidosa ou certificados irregulares

- Descontos enganosos, incluindo a prática de “metade do dobro”

- Boletos e chaves Pix falsas

- Phishing por e-mail, SMS e redes sociais

- Perfis falsos de lojas e influenciadores

Como agir se você cair em um golpe?

A orientação dos especialistas é agir imediatamente. Se o pagamento tiver sido feito via Pix, o consumidor pode acionar o MED (Mecanismo Especial de Devolução) para tentar recuperar o valor. Também é necessário avisar o banco, registrar boletim de ocorrência, reunir provas da fraude e notificar Procon e o site consumidor.gov.br.

Além disso, recomenda-se trocar senhas, habilitar autenticação em dois fatores e monitorar transações suspeitas.

Com os golpes cada vez mais elaborados, a recomendação geral é desconfiar de ofertas extraordinárias, verificar a reputação das lojas e sempre priorizar canais oficiais. Em um cenário de compras intensas como o da Black Friday, cautela é a melhor estratégia para garantir segurança e evitar prejuízos.