Móveis construídos por reeducandos do sistema prisional paulista farão parte do mobiliário de unidades habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do Governo de São Paulo. A iniciativa é um projeto-piloto de reintegração social que alia capacitação profissional à oferta de mobiliário para moradias voltadas a idosos em do programa Vida Longa em situação de vulnerabilidade social.
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Em uma fábrica da Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap), instalada no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba, 16 reeducandos começaram a trabalhar na confecção de camas. Para atender ao novo projeto, a Funap entregará 236 unidades de cada tipo de móvel, incluindo cama viúva, criado-mudo, guarda-roupa, cômoda de seis gavetas, poltrona, conjunto de mesa e cadeiras, gabinete de cozinha e armário suspenso.
“O trabalho do apenado no sistema prisional é uma ferramenta fundamental de reintegração social. Ao mesmo tempo em que oferece aos internos a oportunidade de desenvolver habilidades profissionais e ressignificar suas trajetórias, também gera benefícios concretos para a sociedade”, afirmou o secretário-executivo da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Marco Antonio Severo, à Agência SP. “Neste caso, a produção de móveis para o programa Vida Longa une duas finalidades nobres: a ressocialização de pessoas privadas de liberdade e a melhoria da qualidade de vida dos idosos que serão atendidos pelas novas moradias.”
A parceria entre a Funap e a CDHU foi formalizada por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, que permite ao órgão habitacional adquirir produtos desenvolvidos nas oficinas da fundação. A ação será implementada inicialmente nas cidades de Jaguariúna e Itapira, mas poderá ser expandida para outros empreendimentos habitacionais do governo paulista. Parte do mobiliário já é produzido em uma fábrica em Pirajuí, onde reeducandos também produzem móveis escolares.
Para o diretor-executivo da Funap, coronel Mauro Lopes dos Santos, a parceria reforça o papel do Estado em integrar suas próprias instituições em prol de objetivos sociais. “A questão de termos a possibilidade de produzir esses móveis para um projeto do CDHU é muito significativa para a Funap, mas acho que é mais significativa para o próprio governo do Estado de São Paulo, porque são dois entes do Estado trabalhando pelo mesmo objetivo. Esse projeto de casas para idosos é muito relevante. A gente tem muito orgulho de poder participar disso”, destacou.
Com quase 50 anos de atuação, a Funap mantém 59 oficinas em áreas como marcenaria, solda, pintura e costura, abrindo oportunidades de trabalho e aprendizado para pessoas em cumprimento de pena. Além de gerar emprego e renda dentro das unidades prisionais, a iniciativa contribui para reduzir a reincidência criminal e amplia as chances de reinserção social dos participantes.
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