SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sob novo ataque de bolsonaristas desde que passou a ser cotada para o Ministério da Saúde, a médica Ludhmila Hajjar, professora da Faculdade de Medicina da USP, faz parte do grupo de pesquisadores criticado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em abril do ano passado em uma publicação no Twitter.
Na época, os pesquisadores divulgaram que, pelas conclusões preliminares de seu estudo, não era possível afirmar que a cloroquina fizesse diferença no tratamento contra a Covid-19.
Eduardo afirmou que o estudo foi feito para "desqualificar a cloroquina" e compartilhou um texto que relacionava os pesquisadores ao PT. "Os responsáveis são do PT. Mas isso é pura coincidência, claro...", completou.
Os pesquisadores passaram a ser alvo de ataques do chamado "gabinete do ódio" bolsonarista.
No texto, a médica é citada entre os pesquisadores envolvidos no estudo e há um link para sua página no Facebook. Apoiadores do presidente, então, a questionaram em comentários na rede social.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chegou a divulgar nota condenando o ataque orquestrado nas redes contra os pesquisadores.
O estudo foi realizado por mais de 70 pesquisadores de instituições como a Fiocruz, a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, a Universidade do Estado do Amazonas e a USP.
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