Os protestos “No Kings” (Sem Reis, em português) começaram neste sábado (18) em diversas cidades dos Estados Unidos e em outros países, como Londres, Madri e Barcelona. Os atos representam uma grande mobilização contra as políticas do presidente americano, Donald Trump, em áreas como imigração, educação e segurança — medidas que, segundo os organizadores, estão levando o país em direção à autocracia.
+ Receba as notícias do dia – clique AQUI para seguir o canal MEON no WhatsApp
As manifestações, de diferentes dimensões e formatos, ocorreram em áreas urbanas e suburbanas e sucedem os protestos em massa realizados em junho. Elas refletem a insatisfação crescente de parte da população com a agenda implementada pelo governo Trump desde que ele assumiu a presidência há 10 meses.
Em Londres, centenas de pessoas se reuniram em frente à embaixada dos Estados Unidos. Na Espanha, atos foram registrados em Madri e Barcelona. Já no norte da Virgínia, manifestantes marcharam em direção a Washington, DC, com concentração próxima ao Cemitério Nacional de Arlington, nas imediações da ponte do Lincoln Memorial, onde Trump considera construir um arco.
Desde que chegou ao poder, Trump intensificou a fiscalização da imigração, reduziu a força de trabalho federal e cortou verbas de universidades de elite, citando como motivos manifestações pró-palestinas, políticas de diversidade e questões de identidade de gênero. Tropas da Guarda Nacional também foram enviadas a algumas cidades, segundo o presidente, para proteger agentes de imigração e combater o crime.
“Não há nada mais americano do que dizer ‘não temos reis’ e exercer nosso direito de protestar pacificamente”, afirmou Leah Greenberg, cofundadora da organização progressista Indivisible, principal articuladora das marchas.
Trump comentou pouco sobre os protestos, mas, em entrevista à Fox Business na sexta-feira (17), disse: “Estão se referindo a mim como um rei — eu não sou um rei”.
Mais de 300 grupos de base participaram da organização das marchas. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) ofereceu treinamento jurídico e tático a dezenas de milhares de voluntários que atuaram como fiscais durante as manifestações. O movimento recebeu apoio de figuras políticas como o senador Bernie Sanders, a congressista Alexandria Ocasio-Cortez e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, além de celebridades.
Sanders alertou para o que considera ameaças à democracia, citando processos movidos por Trump contra veículos de imprensa, intimidações à mídia, ofensivas contra universidades e ameaças de destituir juízes contrários ao governo.
Do lado republicano, houve críticas. O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, chamou o comício no National Mall de “festa de ódio à América”. Outros republicanos afirmaram que os protestos incentivam a violência política, especialmente após o assassinato do ativista Charlie Kirk, aliado de Trump, em setembro.
Para a professora Dana Fisher, especialista em ativismo americano, os atos de sábado podem ter sido os maiores da história moderna do país, com expectativa de mais de 3 milhões de participantes. “O objetivo principal é criar um senso de identidade coletiva entre aqueles que se sentem perseguidos ou ansiosos pelas políticas de Trump. Isso não muda imediatamente as políticas, mas pode fortalecer a oposição política em todos os níveis”, afirmou.
São José Basketball estreia com vitória no NBB
Equipe bateu o Cruzeiro em Belo Horizonte
Trump concede perdão e George Santos é solto nos EUA
Ele havia sido condenado a sete anos de prisão por roubo e fraude eletrônica
São José realiza a 10ª edição do Conexão Juventude neste domingo (19)
Evento reúne música, lazer, oportunidades e serviços gratuitos para a população
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.