Os partidos DEM e PSL deverão, nas próximas semanas, oficializar uma fusão que resultará na criação de uma nova sigla eleitoral.
Em reunião da Executiva Nacional do DEM, na noite de terça-feira (21), os líderes nacionais do partido aprovaram por 40 votos favoráveis, e nenhum contrário, a fusão. Personalidades da sigla, como seu presidente nacional, ACM Neto; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta participaram da votação.
“Depois dessa votação, fica sobrando apenas a parte burocrática, mesmo. A ideia é ver se a gente consegue concluir isso agora em setembro ou em outubro”, afirmou Mandetta, que é pré-candidato à presidência da República pelo DEM.
A intenção dos dirigentes partidários é que a oficialização da união ocorra já no próximo mês. No PSL, reuniões já estão marcadas para que o assunto seja debatido.
Caso a fusão se concretize, o novo partido passará a ter a maior bancada do Congresso Nacional, com 81 cadeiras, além de sete senadores, três governadores, maior tempo de rádio e televisão na campanha das eleições gerais de 2022 e o maior fundo eleitoral partidário.
Para o DEM, a vantagem gira em torno do aumento do fundo partidário e do tempo eleitoral, enquanto para o PSL, partido ascendido ao protagonismo eleitoral com a vitória de Jair Bolsonaro em 2018, os atrativos giram em torno da estrutura partidária que será obtida.
A presidência nacional da sigla deverá ficar com Luciano Bivar, atual presidente do PSL, enquanto ACM Neto, presidente do DEM, ficaria com a secretária-geral. Elmar Nacismento (DEM-BA) passaria a ser o líder do novo partido na Câmara dos Deputados.
A ideia principal do novo partido é não apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro (sem partido) para a presidência da República. Decisão essa que, evidentemente, deverá causar prejuízos para parte dos apoiadores do presidente concentrados nas legendas envolvidas na fusão, principalmente para o PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu.
O grupo bolsonarista tem sido deixado de fora dos debates que envolvem a fusão porque, segundo o deputado Junior Bozzella (SP), “não tem poder de decisão dentro do partido por seguir o projeto do presidente”.
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