Brasil

Falta de cinto de segurança é motivo de quase metade de mortes em rodovias

2 em cada 5 óbitos acontecem pelo não uso do item

Escrito por Meon

18 SET 2025 - 10H00

Divulgação

A negligência no uso do cinto de segurança segue sendo um dos principais fatores por trás das mortes em rodovias brasileiras. Um levantamento da Arteris, empresa especializada na gestão de rodovias, mostra que, mesmo com a redução geral de fatalidades no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior, quase metade das mortes em acidentes registrados neste ano ocorreu entre ocupantes que não utilizavam o equipamento de segurança.

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Entre os primeiros semestres de 2024 e 2025, foram contabilizadas 90 mortes em acidentes com veículos nos quais foi constatada a ausência do cinto. Somente em 2025, 43,7% das vítimas fatais não usavam o item — considerado o mais básico de segurança veicular.

O perfil das vítimas também chama atenção: 76,6% eram homens, e a maioria estava na direção dos veículos (61 dos 90 casos analisados). “Usar o cinto é uma atitude simples, que pode representar a diferença entre a vida e a morte. É muito triste saber que ainda temos pessoas que se arriscam nas estradas e desrespeitam essa regra básica”, lamenta Marcelo Sato Mizusaki, superintendente do Núcleo de Operações da Arteris.

Multas em alta e riscos para todos os ocupantes

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que as infrações por não uso do cinto de segurança mais que dobraram em 15 anos, passando de 90.067 registros em 2007 para 216.267 em 2024. O Código de Trânsito Brasileiro classifica a conduta como infração grave, com multa de R$ 195,23, cinco pontos na CNH e possibilidade de retenção do veículo até que todos os ocupantes estejam afivelados.

A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) destaca que o cinto reduz em até 60% o risco de morte para quem está no banco da frente e em 44% para passageiros do banco traseiro. O dispositivo também evita que os ocupantes sejam projetados para fora do veículo em caso de colisão. Quando os passageiros de trás não utilizam o cinto, aumentam em cinco vezes as chances de morte dos ocupantes da frente.

Ações educativas e compromisso com a segurança

Além de ações educativas e campanhas como o “Tô de Cinto, Tô Seguro”, a Arteris investe em infraestrutura, tecnologia e inteligência artificial para coibir comportamentos de risco e reduzir acidentes nos 3.200 quilômetros de rodovias que administra em cinco estados (SP, MG, RJ, SC e PR).

A empresa também participa da Década de Ação para Segurança no Trânsito, iniciativa da ONU que visa reduzir pela metade as fatalidades até 2030. No ciclo anterior (2010–2020), a Arteris superou a meta, registrando queda de 51% nas mortes.

Entre as medidas implementadas estão obras de engenharia (duplicações, áreas de escape, reforço de sinalização), monitoramento por câmeras inteligentes e apoio a operações de fiscalização. Os programas educativos atingem motoristas, passageiros e crianças, com foco na mudança de comportamento no trânsito.

A empresa reforça que a segurança viária é um compromisso permanente, alinhado à Agenda ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente o ODS 3 (Saúde e Bem-estar).

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