Brasil

Fhoresp afirma que 36% das bebidas alcoólicas do Brasil são adulteradas

Entidade já havia alertado sobre o problema em abril

Escrito por Meon

30 SET 2025 - 13H00

Divulgação/Policia Civil

A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) voltou a chamar a atenção das autoridades nesta terça-feira (30) para a urgência em combater a falsificação de bebidas no país. A entidade já havia alertado sobre o problema em abril deste ano.

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De acordo com pesquisa do Núcleo de Pesquisa e Estatística da Fhoresp, divulgada em abril de 2025, 36% das bebidas comercializadas no Brasil são fraudadas, falsificadas ou contrabandeadas. Vinhos e destilados estão entre os produtos mais afetados, e uma em cada cinco garrafas de vodca vendidas no país é adulterada.

Para a Fhoresp, que representa 500 mil empresas paulistas entre hotéis, bares, restaurantes, lanchonetes e padarias, é fundamental que as autoridades adotem uma ação articulada para desmantelar os esquemas de falsificação. Segundo o diretor-executivo da entidade, Edson Pinto, os alertas sobre a prática foram feitos há seis meses, com base em levantamentos que indicavam a elevada incidência de fraude.

“Apesar de a maioria dos bares e restaurantes atuar corretamente, muitos estabelecimentos acabam sendo impactados por fornecedores que adulteram produtos”, afirmou Pinto.

Casos de intoxicação por metanol

Nos últimos dias, três pessoas morreram após ingerir bebidas alcoólicas adulteradas: uma na capital paulista e duas em São Bernardo do Campo. A segunda vítima fatal do Grande ABC foi confirmada na segunda-feira (29).

Desde junho, o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) da Secretaria Estadual de Saúde registrou seis casos de intoxicação por metanol, incluindo os três óbitos, e investiga outros dez casos. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas confirmou a presença de metanol em amostras analisadas, um tipo de álcool altamente tóxico.

A ingestão de uma única dose de metanol pode causar visão turva, dor abdominal, tontura, náusea, convulsões e danos irreversíveis ao cérebro, ao fígado e ao nervo óptico. Em casos graves, pode levar à morte. Entre as vítimas está Diogo Marques, de 23 anos, que teve cegueira temporária após consumir bebida adulterada. Seu amigo, Rafael Martins, permanece internado há um mês com graves complicações.


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