O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) da RMVale avalia reverter o acordo firmado com o empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, após ele ter sido preso na última terça-feira (12) durante a Operação Ícaro, do Ministério Público de São Paulo.
Sidney já havia assinado, dois meses antes, um acordo de não persecução penal em investigação conduzida pelo Gaeco sobre sonegação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O compromisso incluía três autos de infração que somavam cerca de R$ 32 milhões, parcelados em 60 meses, em troca da desistência de recursos.
Segundo apuração, o Gaeco pode cancelar o acordo caso fique comprovado que o empresário continuou praticando irregularidades, mesmo após o compromisso firmado. A investigação do Gedec (Grupo de Combate à Lavagem de Dinheiro) que resultou na Operação Ícaro é independente e não tem relação com os fatos tratados no acordo anterior.
A denúncia contra Sidney havia sido feita anteriormente pelo empresário Manoel Conde Neto, da rede de farmácias Farma Conde, que apontou supostas irregularidades na conduta do dono da Ultrafarma em relação à sonegação de impostos.
Na sexta-feira (15), a Justiça de São Paulo autorizou a soltura de Sidney Oliveira e do executivo da Fast Shop, Mario Otavio Gomes, atendendo pedido do Ministério Público. Já os auditores fiscais Artur Gomes da Silva Neto e Marcelo de Almeida Gouveia, presos em São Paulo e em São José dos Campos, respectivamente, seguem detidos.
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