Brasil

Governo aumenta IOF para empresas, câmbio e previdência

Medida tenta reforçar caixa e reduzir impacto no orçamento

Escrito por Meon

22 MAI 2025 - 18H00 (Atualizada em 22 MAI 2025 - 23H12)

EBC

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para operações de crédito realizadas por empresas, câmbio e previdência privada. A medida entra em vigor já nesta sexta-feira (23) e tem como objetivo gerar uma arrecadação extra de R$ 20,5 bilhões neste ano e R$ 41 bilhões em 2026.

+ Receba as notícias do dia - Clique AQUI para seguir o Canal do Meon no WhatsApp

A mudança foi tomada para evitar um bloqueio ainda maior no orçamento. Sem esse reforço no caixa, o contingenciamento seria superior aos R$ 31,3 bilhões já anunciados pela equipe econômica.

Os novos valores não atingem empréstimos pessoais, crédito estudantil, financiamento habitacional e financiamentos via Finame destinados à compra de máquinas e equipamentos.

🔍 Confira como fica o IOF:

💳 Operações de crédito para empresas (exceto Simples Nacional)

Antes: 0,38% na contratação + 0,0041% ao dia

Agora: 0,95% na contratação + 0,0082% ao dia

💼 Empresas do Simples Nacional

Mantém 0,38% na contratação, mas com adicional diário reduzido para 0,00274%

🌍 Câmbio, cartões internacionais e remessas ao exterior

Antes: 3,38% no cartão internacional e 1,1% na compra de moeda em espécie

Agora: 3,5% sobre cartões internacionais, remessas, empréstimos externos de curto prazo e aplicações financeiras no exterior

Mantida alíquota zero para importações, exportações, remessas de lucros e retorno de capital estrangeiro

📈 Previdência privada e VGBL

Passa a ter IOF de 5% para aportes mensais acima de R$ 50 mil

🎯 Medida busca frear economia para viabilizar corte de juros

De acordo com o governo, o aumento do IOF faz parte de um esforço para alinhar a política fiscal com a política monetária, reduzindo a atividade econômica e abrindo espaço para uma futura queda da taxa Selic.

Atualmente, a Selic está em 14,75% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas. O Banco Central já sinalizou que pretende manter os juros altos por mais tempo, diante das dificuldades fiscais enfrentadas.

+ Receba as principais notícias do dia – Clique AQUI

Especialistas apontam que esse desalinhamento entre governo e Banco Central dificulta o controle da inflação e atrasa uma redução nos juros. Com medidas como essa, o governo espera criar as condições para que o BC possa baixar a Selic em breve.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Meon, em Brasil

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.