O governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para operações de crédito realizadas por empresas, câmbio e previdência privada. A medida entra em vigor já nesta sexta-feira (23) e tem como objetivo gerar uma arrecadação extra de R$ 20,5 bilhões neste ano e R$ 41 bilhões em 2026.
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A mudança foi tomada para evitar um bloqueio ainda maior no orçamento. Sem esse reforço no caixa, o contingenciamento seria superior aos R$ 31,3 bilhões já anunciados pela equipe econômica.
Os novos valores não atingem empréstimos pessoais, crédito estudantil, financiamento habitacional e financiamentos via Finame destinados à compra de máquinas e equipamentos.
🔍 Confira como fica o IOF:
💳 Operações de crédito para empresas (exceto Simples Nacional)
Antes: 0,38% na contratação + 0,0041% ao dia
Agora: 0,95% na contratação + 0,0082% ao dia
💼 Empresas do Simples Nacional
Mantém 0,38% na contratação, mas com adicional diário reduzido para 0,00274%
🌍 Câmbio, cartões internacionais e remessas ao exterior
Antes: 3,38% no cartão internacional e 1,1% na compra de moeda em espécie
Agora: 3,5% sobre cartões internacionais, remessas, empréstimos externos de curto prazo e aplicações financeiras no exterior
Mantida alíquota zero para importações, exportações, remessas de lucros e retorno de capital estrangeiro
📈 Previdência privada e VGBL
Passa a ter IOF de 5% para aportes mensais acima de R$ 50 mil
🎯 Medida busca frear economia para viabilizar corte de juros
De acordo com o governo, o aumento do IOF faz parte de um esforço para alinhar a política fiscal com a política monetária, reduzindo a atividade econômica e abrindo espaço para uma futura queda da taxa Selic.
Atualmente, a Selic está em 14,75% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas. O Banco Central já sinalizou que pretende manter os juros altos por mais tempo, diante das dificuldades fiscais enfrentadas.
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Especialistas apontam que esse desalinhamento entre governo e Banco Central dificulta o controle da inflação e atrasa uma redução nos juros. Com medidas como essa, o governo espera criar as condições para que o BC possa baixar a Selic em breve.
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