A execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, segue sob investigação e já tem um suspeito identificado. O crime ocorreu na noite de segunda-feira (15) em Praia Grande, no litoral paulista, quando o ex-chefe da polícia foi perseguido, colidiu com um ônibus e, após o carro capotar, foi atingido por mais de 20 disparos de fuzil.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, confirmou nesta terça-feira (16), durante o velório do delegado, que um dos investigados tem longo histórico criminal. “É um indivíduo que já foi preso várias vezes pelas forças policiais. Foi preso por roubo duas vezes, por tráfico duas vezes, foi preso quando era adolescente infrator”, disse. O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio Costa de Oliveira, destacou que desde 2019 já havia ameaças contra Ruy, inclusive com tiros, e classificou o crime como ato de vingança.
Imagens de câmeras de segurança mostram uma ação coordenada: quatro criminosos encapuzados participaram do ataque. Dois atiraram contra o ex-delegado, enquanto outro fez a contenção da área. O veículo usado pelos executores, um Jeep Renegade roubado em São Paulo, foi encontrado incendiado nas proximidades. Para investigadores, a dinâmica do atentado sugere conhecimento técnico e padrão de operação semelhante ao de casos em que agentes públicos já foram cooptados por facções criminosas.
A força-tarefa formada pelo DHPP e pelo Deic trabalha com três a quatro linhas de investigação. Entre elas, a principal é a de vingança do Primeiro Comando da Capital (PCC), já que Ruy Ferraz ganhou notoriedade ao indiciar a cúpula da facção em 2006, incluindo Marcola, e por transferir lideranças para presídios federais de segurança máxima. Também não está descartada a hipótese de envolvimento de agentes públicos oude disputas ligadas à sua atuação recente como secretário de Administração em Praia Grande.
Com mais de 40 anos de carreira, Ruy Ferraz já havia escapado de atentados anteriores, como em 2010, quando criminosos ligados ao PCC foram presos em frente ao 69º DP com um fuzil, prontos para atacá-lo. O histórico de perseguições reforça a complexidade da apuração, que deve considerar tanto retaliações da facção criminosa quanto possíveis desavenças políticas locais.
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