Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não quis comentar os efeitos que o ataque a refinarias na Arábia Saudita no fim de semana e a consequente alta do preço do petróleo no mercado internacional podem ter sobre os preços dos combustíveis no Brasil.
"Quem resolve é a Petrobras", limitou-se a responder aos jornalistas, ao transitar cercado por seguranças dentro do próprio ministério.
Conforme publicou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o conselho de administração da Petrobras não se manifestou ou pediu explicações à diretoria sobre a manutenção dos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias, apesar da oscilação brusca do petróleo no mercado internacional na segunda e das notícias de que o presidente Jair Bolsonaro teria telefonado para o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, para tratar dos preços dos derivados.
O estatuto da empresa prevê que a definição dos preços dos combustíveis é uma incumbência da diretoria e não precisa ser submetida ao conselho. Mas, em ocasiões recentes em que houve dúvida sobre a ingerência do governo na decisão da diretoria de manter os preços dos combustíveis inalterados, conselheiros e diretores se reuniram virtualmente para tratar do tema. Dessa vez, porém, não houve qualquer movimentação nesse sentido.
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