O déficit estimado de R$ 9,2 bilhões nas estatais federais — puxado principalmente pelos Correios — obrigou o governo federal a remanejar recursos no orçamento de 2025, numa tentativa de manter as contas dentro da meta fiscal. As informações constam no relatório bimestral elaborado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento.
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Para compensar a deterioração dos resultados, a equipe econômica relocou R$ 3 bilhões, garantindo que o governo permaneça dentro da banda da meta — um déficit primário de até R$ 31 bilhões.
Correios: preocupação crescente dentro do governo
A situação dos Correios tem provocado desconforto na equipe econômica. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, admitiu que o cenário da estatal é pior do que o esperado.
“A situação dos Correios é muito ruim, e isso tem incomodado. Do quarto para o quinto bimestre, o resultado é muito pior do que o esperado”, afirmou.
Segundo o 5º relatório bimestral, divulgado na sexta-feira (21), dos R$ 3,7 bilhões de aumento na projeção de déficit das estatais, a maior parte vem da reprogramação dos Correios.
Plano de reestruturação: fechamento de agências e cortes
Para conter o prejuízo, o governo aprovou um programa de reestruturação da empresa. As medidas incluem:
fechamento de até mil agências consideradas ineficientes;
implementação de um programa de demissão voluntária;
venda de imóveis;
revisão dos planos de saúde;
cortes adicionais de despesas.
Mesmo assim, a empresa não pretende abrir mão do segmento no qual detém monopólio: os serviços postais. No primeiro semestre, esse serviço custou R$ 5,4 bilhões, gerando um déficit líquido de R$ 4,5 bilhões.
Risco para 2026
O cenário fiscal das estatais também preocupa o mercado financeiro. Para o economista-chefe da Way Investimentos, Alexandre Espírito Santo, a falta de atenção ao tema pode custar caro no próximo ano.
“O fiscal é dor de cabeça para 2026, embora o governo diga que está sob controle. O ideal seria privatizar as estatais mais deficitárias, mas é difícil ver esse governo indo nessa direção.”
Caso as medidas de reestruturação não surtam efeito, o prejuízo dos Correios pode chegar a R$ 23 bilhões em 2026, ampliando a dificuldade do governo em cumprir a promessa de zerar o déficit fiscal no próximo ano.
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