Brasil

Entenda as novas regras do Pix para devolução em casos de fraude

Novo mecanismo permite rastreamento automático de transferências fraudulentas

Escrito por Rubens Baracho

25 NOV 2025 - 13H30 (Atualizada em 25 NOV 2025 - 14H11)

Marcello Casal Jr/Agência Braisl

O Banco Central anunciou uma atualização importante no sistema de segurança do Pix, trazendo novas regras para o MED (Mecanismo Especial de Devolução). A mudança promete agilizar a recuperação de valores em casos de golpes, fraudes ou transferências realizadas sob coerção — um problema que tem crescido com a popularização do sistema de pagamentos instantâneos.

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A nova versão do MED passou a rastrear automaticamente o caminho percorrido pelo dinheiro entre diferentes instituições financeiras, permitindo identificar com mais rapidez contas suspeitas. Antes, esse processo dependia de checagens manuais e comunicação mais lenta entre os bancos, o que dificultava o bloqueio de recursos desviados.

Segundo a analista de economia Débora Oliveira, em entrevista ao Live CNN, a automação representa um avanço expressivo na proteção ao usuário. O sistema será capaz de acompanhar o dinheiro mesmo quando ele é fracionado e distribuído em várias contas — estratégia comum entre golpistas para dificultar o rastreamento.

Sistema mais rápido deve reduzir fraudes

Especialistas estimam que a atualização pode reduzir em até 40% o número de fraudes bem-sucedidas. Isso porque o compartilhamento de informações entre as instituições passa a ser instantâneo, acelerando a identificação de movimentos atípicos.

Para o usuário, a mudança mais direta está no prazo de devolução. Com o novo MED, o reembolso poderá ocorrer em até 11 dias após a contestação. Antes, o processo poderia se estender por meses, dependendo da complexidade do caso.

A nova versão já está disponível desde 23 de novembro e se tornará obrigatória para todas as instituições participantes do Pix a partir de 2 de fevereiro de 2026.

Evolução constante do Pix

Lançado em 2020, o Pix rapidamente se tornou o meio de pagamento mais usado no país, presente tanto em transações cotidianas quanto em operações de alto valor. O sistema brasileiro vem sendo estudado por outros países como referência em eficiência e segurança.

Com a atualização do MED, o Banco Central reforça o compromisso de manter o Pix seguro e preparado para enfrentar novas formas de golpes digitais.

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Por Rubens Baracho, em Brasil

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