A volta às aulas nas universidades públicas estaduais tem sido bastante complicada nos campi do interior paulista em razão dos movimentos grevistas. Na Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba, a Polícia Militar precisou ser acionada nesta terça-feira, 5, para liberar os portões da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).
No local os funcionários estão há 70 dias de braços cruzados por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Os policiais negociaram com os grevistas e não houve confronto, sendo os portões liberados às 9h. Na cidade, a PM diz ter uma ordem judicial que garante a entrada e saída dos alunos do campus.
Na USP de Ribeirão Preto bloquear os portões também tem sido o recurso usado por manifestantes para chamar a atenção. E foi o que ocorreu nesta segunda-feira, 4, quando alunos enfrentaram problemas para entrar no campus. Já dentro das faculdades se depararam com laboratórios, bibliotecas e até refeitórios fechados.
Sem aulas
Em Franca, a greve fez a Universidade Estadual Paulista (Unesp) suspender desde maio as aulas. Na cidade são 2.200 alunos de quatro cursos superiores, além dos cursos de especialização e mestrado, entre outros. Somente os estudantes de pós-graduação estão estudando, enquanto que para os demais o primeiro semestre segue em aberto e sem uma definição sobre o calendário e as notas de cada disciplina.
Na Unesp de Jaboticabal (SP) a greve também é sentida, mas com pouca adesão e os alunos não estariam sendo prejudicados. Já em Rio Claro a volta às aulas na universidade foi parcial, pois parte dos docentes estão de braços cruzados. Situação parecida é registrada nas unidades da Unesp em Araraquara e Presidente Prudente - onde o movimento grevista é parcial e alguns cursos sentem mais que outros os efeitos da paralisação.
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