Brasil

YouTuber é condenado a pagar quase R$ 50 mil por pegadinhas

Influenciador tem mais de 5 milhões de inscritos em seu canal

Escrito por Meon

28 OUT 2025 - 11H00 (Atualizada em 28 OUT 2025 - 11H08)

Reprodução

O youtuber Rafael Francisco Cavalcanti da Silva, conhecido como Rafael Chocolate, foi condenado pela Justiça de Pernambuco a pagar quase R$ 50 mil em indenizações por danos morais a duas pessoas que se tornaram vítimas de suas “pegadinhas” gravadas nas ruas do centro do Recife. Com mais de 5,3 milhões de inscritos no YouTube, o influenciador é conhecido por produzir esse tipo de conteúdo há cerca de oito anos. As duas ações se referem a vídeos em que ele abordava pedestres de forma invasiva e constrangedora.

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No primeiro caso, ocorrido em 2019, Rafael aparece jogando um balde sobre pessoas na Avenida Conde da Boa Vista. Uma das vítimas, então com 25 anos, alegou ter desenvolvido ansiedade, síndrome do pânico e esquizofrenia após a repercussão do vídeo, mesmo com o rosto borrado. Ele contou ter sido reconhecido por colegas e passou a enfrentar constrangimentos.

A 7ª Vara Cível da Capital condenou Rafael a pagar R$ 30 mil de indenização. A sentença, proferida em setembro deste ano, transitou em julgado e não cabe mais recurso. A Justiça também determinou a remoção do vídeo, sob pena de multa diária. A advogada do youtuber, Larissa Moura, afirmou que o trecho com a imagem da vítima foi retirado do ar em 2021, assim que o influenciador tomou conhecimento da ação.

O segundo processo foi movido pelo comerciante senegalês Modou Lo, que denunciou Rafael em 2022. Ele aparece em uma gravação feita enquanto trabalhava no centro do Recife. Segundo a denúncia, o vídeo — que alcançou quase 8 milhões de visualizações — causou humilhação e prejuízo, levando o comerciante a fechar seu ponto de trabalho por vergonha.

A defesa alegou que o trecho foi retirado do ar e que Rafael sempre solicita autorização prévia dos participantes, embora alguns se arrependam depois. A Justiça, no entanto, entendeu que o “borrão” aplicado nas imagens não impediu a identificação das vítimas e determinou o pagamento de R$ 20 mil de indenização. O caso ainda está em tramitação, pois a defesa recorreu da decisão.


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