Litoral Norte

Ilhabela intensifica combate a dengue

Calor intenso facilita proliferação do mosquito

Escrito por Meon

23 JAN 2024 - 07H35

Divulgação/PMI

A dengue possui quatro categorias diferentes de sorotipos. Os mais comuns em Ilhabela, registrados pela Secretaria de Saúde, são os tipos 1 e 2. Cada pessoa que já foi infectada por um dos tipos fica imune àquele que contraiu anteriormente. Isso significa que uma pessoa pode manifestar a doença apenas quatro vezes.

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O tipo 4 é registrado com menos frequência no Brasil e o perigo maior atualmente é a variante do tipo 3, que foi recentemente identificada no município de São Paulo, mas tem potencial para se alastrar rapidamente por todo o estado. Mas, por que esse sorotipo é mais perigoso agora do que os demais?

Conforme explica o Diretor do Departamento de Vigilância em Saúde de Ilhabela, Maurílio Bianchi, a falta de registros do tipo 3 no arquipélago significa que não há entre a população pessoas resistentes a este sorotipo e que sejam capazes de estancar a propagação da doença. “Sem a imunidade de pelo menos uma parcela da população o vírus se dissemina muito rapidamente. Por isso, o controle físico do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação dos focos de larvas, é tão importante. A Prefeitura faz a sua parte, mas os moradores precisam contribuir para acabar com todos os pontos de acúmulo de água”, explica.

O calor intenso registado nos últimos dias e chuvas constantes também criam um cenário favorável para a proliferação do mosquito, formando o ambiente ideal para colocação de ovos.

Intensificação de trabalho

Para eliminar os focos do mosquito causador da dengue, a Prefeitura de Ilhabela utiliza diversas estratégias e instrumentos.

Uma das formas mais eficazes é a rápida identificação da doença e o controle imediato dos focos nos locais em que as pessoas infectadas moram. Para tanto, em todas as Unidades Básicas de Saúde o município dispõe de testes rápidos para o diagnóstico da dengue. Se der positivo, a pessoa é encaminhada para tratamento.

Ao mesmo tempo, a equipe de controle de vetores também é informada e vai até o local da residência, traçando um raio de ação de 150 metros a partir da casa alvo. Todos os imóveis compreendidos nesse raio são visitados para o trabalho de eliminação dos focos do mosquito, casa por casa.

Outra atividade é a intensificação do controle de criadouros, feito com base no levantamento da infestação de larvas em imóveis. Esse trabalho é realizado a cada três meses, com visitas a quase mil residências a procura de novos focos. Sempre que um deles é identificado, amostras são levadas para análise laboratorial. Caso dê positivo para o Aedes aegypti, é sinal de que a espécie se propaga com intensidade no local e toda região precisa ser inspecionada com mais intensidade.

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Por Meon, em Litoral Norte

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