O dólar continuou sua trajetória de queda nesta sexta-feira (31), fechando a R$ 5,8366, marcando a décima queda consecutiva da moeda. Ao longo do mês, o dólar perdeu 5,56%, após uma alta de 2,98% em dezembro e uma impressionante valorização de 27,34% no ano passado. Este é o maior recuo mensal desde junho de 2023, quando a moeda caiu 5,59%.
A volatilidade no mercado foi alimentada pela disputa em torno da definição da taxa Ptax de fim de mês e pela crescente preocupação com as tarifas que os Estados Unidos estão prestes a aplicar sobre produtos do México, Canadá e China. Durante o pregão, o dólar variou entre R$ 5,80 e R$ 5,87, fechando com um pequeno declínio de 0,28%.
O fortalecimento do dólar no mercado internacional também foi notado, com o índice DXY subindo mais de 0,50%. Essa alta se deu após a confirmação pela Casa Branca da imposição de tarifas de 25% sobre o México e Canadá, além de 10% sobre a China, o que gerou uma escalada na aversão ao risco no mercado financeiro global. A moeda mexicana, surpreendentemente, se apreciou ligeiramente, enquanto o dólar canadense caiu de forma moderada.
No cenário interno, os dados mais recentes do Departamento de Comércio dos EUA indicaram que o índice de preços de gastos com consumo (PCE), uma medida chave de inflação, subiu 0,3% em dezembro e 2,06% no ano de 2024, alinhando-se às expectativas do mercado. Esse dado manteve as projeções de que o Federal Reserve pode manter uma postura cautelosa, mas flexível, em relação a futuros ajustes na taxa de juros.
Em termos de mercado de trabalho, o Brasil também recebeu boas notícias, com o IBGE reportando uma queda histórica na taxa de desemprego, que encerrou 2024 em 6,2%. No entanto, esses números não foram suficientes para impedir o impacto negativo de fatores externos no mercado financeiro.
Ibovespa sofre com cenários internacionais
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou uma queda de 0,61% nesta sexta-feira, fechando aos 126.134,94 pontos. Mesmo com um ganho de 4,86% durante o mês, o índice não conseguiu se manter no campo positivo devido a uma série de fatores, como o aumento das incertezas globais e as possíveis tarifas comerciais que podem agravar o clima de guerra comercial.
A desvalorização de ações da Petrobras, que anunciou um aumento no preço do diesel de R$ 0,22, não foi suficiente para sustentar o índice. O impacto negativo foi ampliado pela reação adversa aos sinais de um possível endurecimento da política comercial por parte dos EUA, o que deteriorou a percepção de risco sobre o Brasil e outros mercados emergentes.
As ações da Vale ON caíram 1,56%, enquanto o setor metalúrgico também registrou perdas expressivas, com destaque para Gerdau Metalúrgica (-4,09%). Os bancos, que operaram positivamente no início do pregão, também viram suas ações recuarem, com Itaú e Bradesco apresentando perdas de 0,65% e 0,41%, respectivamente. Já as ações de empresas como Totvs (+4,45%), BTG (+1,62%) e Cogna (+1,44%) conseguiram apresentar desempenho positivo, ajudando a amenizar as perdas no fechamento.
Além disso, o preço do petróleo também foi afetado pela crescente tensão comercial, com o valor da commodity caindo nos mercados internacionais de Londres e Nova York.
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