O Exército de Israel confirmou nesta terça-feira (14) a identificação dos corpos de quatro reféns entregues pelo grupo terrorista Hamas como parte do acordo de cessar-fogo firmado para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. As vítimas foram identificadas como Guy Iluz, israelense, e Bipin Joshi, cidadão nepalês; os outros dois ainda não tiveram seus nomes divulgados.
Segundo as autoridades israelenses, as famílias foram informadas após a conclusão de exames de identificação forense. Os corpos foram entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha, que mediou a devolução a Israel na segunda-feira (13). Ainda há 24 corpos de reféns desaparecidos desde o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, quando o grupo invadiu o sul de Israel, matou mais de 1.200 pessoas e sequestrou 251 civis.
De acordo com o Exército israelense, Guy Iluz, de 26 anos, foi sequestrado ferido durante o ataque e morreu em cativeiro por falta de tratamento médico. Já Bipin Joshi, estudante de agricultura de 23 anos, foi sequestrado de um abrigo no Kibutz Alumim e teria sido assassinado nos primeiros meses da guerra. As causas oficiais das mortes ainda estão sendo analisadas pelas autoridades forenses de Israel.
O ministro da Defesa, Israel Katz, acusou o Hamas de violar o acordo de paz ao reter deliberadamente os corpos de reféns mortos, impedindo que as famílias recebam um enterro digno. Em nota, o Exército declarou:
“O Hamas deve cumprir sua parte no acordo e devolver todos os reféns às suas famílias.”
A Cruz Vermelha afirmou que enfrenta “grandes dificuldades” para localizar corpos sob os escombros de Gaza, o que pode atrasar novas entregas.
O acordo de cessar-fogo, mediado por Donald Trump e assinado por líderes internacionais na segunda-feira (13), marcou oficialmente o fim da guerra entre Israel e Hamas. Em seu pronunciamento, Trump declarou:
“Trouxemos paz ao Oriente Médio e fizemos o que muitos achavam impossível.”
A ONU informou nesta terça que países árabes, europeus, os Estados Unidos e o Canadá já demonstraram interesse em financiar a reconstrução de Gaza, com custo estimado em US$ 70 bilhões (cerca de R$ 382,6 bilhões).
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