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ONU cobra que EUA interrompam ataques a barcos no Caribe e Pacífico

Volker Türk diz que ações de Trump violam o direito internacional

Escrito por Meon

31 OUT 2025 - 16H00

Reuters/The White House/Arquivo/

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, cobrou nesta sexta-feira (31) que os Estados Unidos interrompam “ataques inaceitáveis” contra embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico.

Segundo o ACNUDH, mais de 60 pessoas teriam sido mortas desde o início de setembro, em ações das forças americanas que “não encontram justificativa no direito internacional”. A nota também pede investigações rápidas, independentes e transparentes e reforça que o combate ao narcotráfico é tema de aplicação da lei, sujeito a limites rigorosos ao uso de força letal.

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Para Türk, o uso intencional de força letal só é permitido como último recurso diante de ameaça iminente à vida. Com base nas informações disponíveis, a ONU afirma que não há evidências de risco imediato que justificassem as ações tal como conduzidas. O governo Trump, por sua vez, tem classificado as ofensivas como parte de uma campanha contra “narcoterroristas”, narrativa que já se traduziu em episódios no sul do Caribe – como o ataque a um navio suspeito de drogas da Venezuela confirmado pela Casa Branca no início de setembro – e em operações subsequentes na mesma rota marítima.

A escalada elevou a tensão regional, sobretudo com a Venezuela, e já mobiliza atores sul-americanos. No Brasil, autoridades estudam canais de mediação para reduzir o risco de incidentes e conter efeitos colaterais nas rotas comerciais e na segurança marítima, movimento que ganhou tração à medida que Washington reforçou meios navais e aéreos no Carib. Enquanto isso, a ONU enfatiza que eventuais suspeitos devem ser interceptados legalmente, detidos e processados conforme o Estado de Direito e o devido processo, e que operações militares letais fora de cenário de conflito armado não têm amparo nas normas internacionais de direitos humanos.

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Por Meon, em Mundo

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