O governo interino do Peru anunciou que vai decretar estado de emergência em Lima, após uma onda de protestos violentos que deixou um morto e mais de 100 feridos na capital.
A medida, que afetará 10 milhões de pessoas na região metropolitana e na cidade portuária de Callao, permitirá a mobilização das Forças Armadas e a restrição temporária de direitos civis, como a liberdade de reunião.
Os confrontos ocorreram na quarta-feira (15) e foram os mais graves desde o início das manifestações, no mês passado. Um dos mortos é o rapper Eduardo Ruiz Sáenz, de 32 anos, conhecido como Trvko. Ele foi atingido por um tiro disparado por um policial infiltrado, que foi detido junto com outro agente após serem identificados por câmeras de segurança.
A morte de Trvko gerou comoção e protestos com velas e flores em diversas partes de Lima na noite seguinte. O comandante da polícia, general Óscar Arriola, confirmou que o policial autor do disparo será afastado da corporação e responderá criminalmente.
As manifestações, lideradas pela chamada Geração Z — jovens de 18 a 30 anos —, começaram em repúdio ao Congresso e ao novo presidente interino, José Jeri, que assumiu o poder após a destituição de Dina Boluarte. A ex-presidente foi removida em 10 de outubro, após um julgamento político relâmpago, motivado pelo agravamento da crise de violência e instabilidade no país.
Jeri, de 38 anos, era o presidente do Parlamento e assumiu a presidência de forma interina até julho de 2026. Em entrevista, ele descartou renunciar e afirmou que pretende pedir “faculdades legislativas” para governar por decreto em temas de segurança e sistema prisional.
“Não vamos recuar diante da violência. Avaliamos inclusive um toque de recolher, porque a criminalidade não respeita a noite”, declarou o chefe de gabinete, Ernesto Álvarez, após reunião ministerial no Palácio de Governo.
O governo peruano tenta conter a escalada de manifestações que vêm se espalhando pela América Latina e Ásia, impulsionadas por movimentos juvenis organizados pela geração Z. No Peru, os jovens adotaram a bandeira do anime One Piece como símbolo de resistência — um emblema que também tem sido visto em protestos no Nepal, Indonésia, Bangladesh, Marrocos e Madagascar, onde regimes foram derrubados por mobilizações semelhantes.
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