Dois pesquisadores chineses foram acusados de contrabando ao transportar da China para os Estados Unidos o fungo Fusarium graminearum, patógeno considerado uma potencial arma de agroterrorismo. A denúncia foi apresentada nesta terça-feira (4) pelo Ministério Público do Distrito Leste de Michigan.
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Yunqing Jian, de 33 anos, e Zunyong Liu, de 34 anos, foram acusados de conspiração, contrabando de mercadorias, declarações falsas e fraude de visto. Segundo as autoridades, eles levaram o fungo para estudá-lo no laboratório da Universidade de Michigan, violando as normas de segurança biológica.
O Departamento de Justiça destacou que o fungo pode causar doenças graves em plantas como trigo, milho, arroz e cevada, resultando em bilhões de dólares em prejuízos econômicos anuais. Além disso, as toxinas produzidas pelo Fusarium podem causar vômitos, danos ao fígado e problemas reprodutivos em animais e humanos.
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Embora a denúncia não afirme que os réus planejassem disseminar o fungo fora do ambiente laboratorial, destaca que Liu escondeu deliberadamente amostras do patógeno dentro de um maço de lenços de papel na mochila. A acusação ocorre em meio ao endurecimento das políticas do governo americano em relação a acadêmicos chineses, especialmente os com supostas ligações com o Partido Comunista Chinês.
O diretor do FBI, Kash Patel, afirmou que o caso é um alerta sobre ações do governo chinês para infiltrar agentes e atingir o suprimento de alimentos dos EUA. A acusação também aponta que Jian recebeu financiamento do governo chinês para pesquisas relacionadas ao fungo enquanto estudava em universidades americanas.
Entre os materiais encontrados pelos investigadores, estavam arquivos com relatórios de pesquisa e um juramento de fidelidade ao Partido Comunista Chinês. Além disso, mensagens em dispositivos eletrônicos mostram que Jian e Liu coordenavam o contrabando de amostras desde pelo menos 2022.
Liu tentou entrar nos EUA em julho de 2024 com as amostras escondidas, mas foi detido no Aeroporto Metropolitano de Detroit. Ele admitiu que ocultou o material sabendo que não tinha autorização para importá-lo. Jian, sua namorada e pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Michigan, foi presa e permanece sob custódia.
A Universidade de Michigan afirmou, em comunicado, que repudia qualquer ação que ameace a segurança nacional ou a missão pública da instituição, e declarou que não recebeu financiamento chinês relacionado aos acusados. Jian compareceu ao tribunal na terça-feira (3), mas ainda não se declarou culpada; nova audiência está marcada para esta quinta-feira (5).
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