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Tempestade de neve deixa centenas de pessoas presas no Monte Everest

Equipes de resgate atuam nas encostas do Himalaia

Escrito por Meon

06 OUT 2025 - 14H45

AFP/Getty Images via BBC

Equipes de resgate foram enviadas neste fim de semana às encostas tibetanas do Monte Everest, na fronteira entre o Tibete e o Nepal, após uma tempestade de neve deixar centenas de pessoas presas em acampamentos de trilha. A região, que fica a mais de 4.900 metros de altitude, enfrenta condições extremas de frio e isolamento, segundo informações da mídia estatal chinesa.

As fortes nevascas começaram na noite de sexta-feira (4) e se intensificaram ao longo do fim de semana, atingindo uma área popular entre alpinistas e caminhantes. Até este domingo (5), cerca de 350 pessoas haviam sido resgatadas e levadas em segurança para a cidade de Qudang, informou a agência Reuters com base em dados locais. Outros 200 trilheiros ainda permanecem isolados, mas já foram localizados e contatados pelas autoridades.

De acordo com o relato da caminhante Chen Geshuang, que integrava um grupo de 10 pessoas, a situação se agravou de forma inesperada. “Quando acordamos, a neve já tinha cerca de um metro de profundidade”, contou à Reuters. “O clima deste ano não está normal. O guia disse que nunca viu algo assim em outubro.” O grupo caminhou por quase seis horas sob frio intenso até conseguir retornar.

Centenas de moradores locais também se uniram às equipes de resgate, levando mantimentos e equipamentos pelas trilhas cobertas de neve. O governo chinês mobilizou forças civis e militares para abrir caminho até os acampamentos. Segundo as autoridades, alguns caminhantes apresentavam sinais de hipotermia após ficarem isolados por quase dois dias.

A Companhia de Turismo do Condado de Tingri suspendeu temporariamente o acesso à área cênica do Everest desde sábado (5), enquanto as buscas continuam. As fortes nevascas também atingiram o Nepal, onde chuvas e deslizamentos de terra provocaram inundações e 47 mortes nos últimos dias.

O Monte Everest, com 8.849 metros de altitude, é o pico mais alto do mundo e um dos destinos mais procurados do Himalaia. Apenas em 2024, a área recebeu mais de 540 mil visitantes, segundo a mídia estatal chinesa. Apesar da beleza natural, o local é conhecido pelos riscos extremos, que incluem superlotação, frio intenso e avalanches.

A Região Autônoma do Tibete, controlada pela China, possui restrições severas de acesso, o que dificulta a apuração independente de informações. A imprensa estrangeira depende quase exclusivamente de boletins oficiais, já que o governo chinês mantém controle rígido sobre comunicações e reportagens na área.

Mesmo sob essas limitações, a mídia estatal chinesa confirmou que o clima severo durante o feriado da Semana Dourada surpreendeu turistas e moradores, e que operações de resgate seguem em andamento para retirar os últimos grupos ainda isolados nas montanhas.

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