Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, após os ataques de 7 de outubro de 2023, crescem as especulações sobre o futuro de Gaza no cenário pós-conflito. Nesse contexto, o nome do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair tem sido cogitado como líder de uma administração internacional temporária para governar o enclave palestino.
A proposta faz parte de um plano de 21 pontos elaborado por aliados do ex-presidente Donald Trump. Blair, em articulação com Jared Kushner, genro do republicano, seria indicado para assumir a chefia da Autoridade Internacional de Transição de Gaza (Gita), que teria mandato de até cinco anos.
O modelo seria inspirado em experiências anteriores de transições supervisionadas pela comunidade internacional, como em Timor Leste e Kosovo. Inicialmente, a base de operações ficaria na cidade de El-Arish, no Egito, até que fosse possível atuar diretamente em Gaza.
De acordo com o organograma proposto, a autoridade seria composta por um conselho de sete integrantes e um secretariado de até 25 pessoas. Um representante palestino também faria parte do conselho, embora não esteja definido se teria vínculo com a Autoridade Palestina, presidida por Mahmoud Abbas. Esse é considerado um dos pontos de maior fragilidade da proposta.
O plano ressalta que não haveria deslocamento da população palestina e que a missão central seria entregar, ao fim do período, o poder a uma Autoridade Palestina reformulada e independente.
Aos 72 anos, Tony Blair mantém bom trânsito diplomático com Israel e países árabes e acumula experiência no Oriente Médio. Após deixar o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, em 2007, ele atuou como enviado especial do Quarteto (ONU, EUA, União Europeia e Rússia) para preparar negociações em torno de um futuro Estado palestino, função que exerceu até 2015.
Ainda assim, a eventual indicação enfrenta resistências entre palestinos, que veem Blair com desconfiança por sua proximidade histórica com os Estados Unidos e Israel. Ele foi um dos principais aliados do presidente George W. Bush na invasão do Iraque, em 2003.
Atualmente, Blair preside o Instituto Tony Blair para a Mudança Global e voltou ao centro das negociações internacionais em reuniões recentes com representantes do governo americano e de Israel.
Segundo interlocutores, qualquer avanço dependerá de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, condição essencial para iniciar a discussão sobre o futuro político e administrativo de Gaza.
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